Em entrevista à revista, André Costa prevê Wi-Fi e previsão de tempo de espera nas estações, mas disse que redução do intervalo não é prioridade
Perto de completar três anos à frente das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda em 27 de janeiro do ano que vem, a ViaMobilidade ainda é alvo de críticas diárias de usuários e continua a provocar pânico em algumas ocasiões, como no recente curto-circuito em um trem novo da Série 8900.
Mas para o diretor da concessionária, André Costa, o pior já teria passado. O executivo, que trabalha no Grupo CCR há 20 anos, concedeu entrevista para a revista Exame, onde prometeu novidades nos ramais ainda em novembro.
Costa culpou a “herança” recebida da CPTM que, segundo a revista, estaria “sucateada”, o que seria a razão das inúmeras falhas e acidentes registrados nesse período.
O executivo, no entanto, não explicou por que as linhas 8 e 9 operavam com um número de problemas bem menor na época da estatal.
Reduzir intervalo não é “objetivo principal”
Segundo ele, mais de R$ 3,5 bilhões foram investidos nos dois ramais e que isso se refletiu numa queda de 60% nas falhas na rede aérea.
Em outro trecho, o diretor da ViaMobilidade afirma que a empresa introduziu o loop entre as estações Mendes-Vila Natal e Pinheiros, que reduziram o intervalo de 7 para 4,5 minutos em horário de pico.
Novamente não há referência ao fato que a CPTM já praticava essa estratégia há muito tempo, só interrompida em virtude da pandemia.
Confrontado sobre uma possível redução do intervalo entre os trens para 3 minutos, André Costa afirmou que esse “não é objetivo principal“, e sim “oferecer confiabilidade e rapidez ao passageiro“.
O governo, no entanto, pretende padronizar o sistema de sinalização com o padrão ETCS em todas as linhas de trens metropolitanos e com isso viabilizar a redução do headway.
Wi-Fi nas estações e painel com previsão de espera
Ao menos três novidades estão sendo esperadas até o final do ano, afirmou Costa. A primeira delas é a chegada do 36º e último trem da Série 8900, fabricado pela Alstom, que deve o ocorrer neste mês.
Embora não tenha comentado na entrevista, a nova composição deve entrar em serviço no início de 2025 e com isso a concessionária poderá devolver os trens emprestados da CPTM nas semanas seguintes.
Até dezembro são esperados os painéis com informação em tempo real sobre o tempo de espera pelos trens a implantação de Wi-Fi gratuito nas estações em parceria com a empresa Linktel.
Por fim, André Costa citou a melhora geral nos indicadores operacionais, que estão na faixa de 86% a 87%. Desde o início da operação, no entanto, a concessionária não atingiu os valores mínimos exigidos pelo contrato.
Mais preocupante ainda é a percepção dos seus usuários, que continuam a reprovar o serviço, sinal que há uma certa distância entre o discurso e a prática.
Vimos no Metrô/CPTM
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