Companhia, que está prestes a perder o status de operadora, irá receber R$ 2,4 milhões para produzir estudos para a Central Logística, órgão vinculado à secretaria de mobilidade do estado
A caminho de ter suas linhas de trens metropolitanos concedida à iniciativa privada, a CPTM está buscando alternativas para gerar receita e uma delas foi fechada nesta quinta-feira, 7, com o governo do estado do Rio de Janeiro.
A companhia assinou contrato com a Central Logística, ligada à Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (SETRAM) do estado para prestar serviços de estudos técnicos e financeiros a fim de recuperar o sistema de trens urbanos hoje nas mãos da SuperVia.
O contrato, no valor de R$ 2,4 milhões, tem prazo de entrega de apenas 30 dias, segundo informações adiantadas pela CPTM a um veículo de imprensa – a divulgação do comunicado oficial só ocorrerá no final desta tarde.
Os ramais de trens urbanos do Rio de Janeiro passam por uma crise em meio a problemas com a concessão à SuperVia. Falhas, invasões, atrasos e evasão de receitas têm ameaçado a operação e própria concessionária já manifestou o desejo de deixar o contrato.
Segundo a CPTM, os estudos que serão produzidos fornecerão um orçamento de custo de operação e manutenção da malha de 270 km, cinco ramais e 104 estações que transportam apenas 300 mil passageiros por dia.
Mudança de enfoque
Empresa criada para assumir o serviço de passageiros que era prestado pela CBTU (União) e Fepasa (estado), a CPTM iniciou operações em 1994 e passou a ter sob sua responsabilidade seis ramais a partir de 1996.
Em 2018, a primeira linha desenvolvida e construída por ela (Linha 13-Jade) estreou serviços, mas logo em 2022 a companhia viu as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda serem repassadas para a ViaMobilidade.
Em 2025 será a vez da Linha 7-Rubi, parte de um pacote que inclui o Trem Intercidades São Paulo-Campinas. Também no ano que vem irão a leilão as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
Restará apenas a Linha 10-Turquesa, mas que também será concedida em conjunto com o projeto da Linha 14-Ônix.
Sem ramais para operar, a CPTM pode ver algumas divisões de planejamento e projeto serem incorporadas a uma nova estatal, juntamente com o Metrô e a EMTU.
O objetivo? Prestar serviços a terceiros e desenvolver estudos de expansão da malha sobre trilhos em todo o estado.
Vimos no Metrô/CPTM
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