Em 50 anos, Metrô de São Paulo já percorreu cerca de 600 milhões de quilômetros

Transporte subterrâneo sob trilhos foi inaugurado em 14 de setembro de 1974 e enfrenta desafios de modernização

No dia 14 de setembro de 2024, o Metrô de São Paulo comemora cinco décadas de operação. Com uma infraestrutura gigantesca, esse meio de transporte vai além dos vagões e trilhos. Por trás do funcionamento, há um sistema complexo que envolve centrais de monitoramento e trabalhadores coordenados, que fazem o transporte de milhões de pessoas todos os dias.

Desde a inauguração em 1974, o Metrô já percorreu mais de 600 milhões de quilômetros. Atualmente, são 117 trens circulando simultaneamente no horário de pico, com cerca de 2,8 mil viagens programadas diariamente.

Primeira viagem e a evolução

A primeira estação a ser inaugurada foi a Vila Mariana. Francisco Antônio Souza, analista de TI, foi um dos primeiros passageiros e guarda memórias da época: “O ticket dizia: 'Parabéns, você está na primeira viagem do metrô'. Eu gostava, era um transporte inovador que tirava a gente do ônibus, do andar a pé”.

Cinco décadas depois, o metrô continua sendo uma alternativa mais rápida que o trânsito caótico da metrópole para os paulistanos, mas enfrenta desafios.

Impacto na vida da cidade

Atualmente, cerca de três milhões de pessoas utilizam o metrô diariamente, quase três vezes a população de Campinas. A estação Sé, uma das mais movimentadas, recebe mais de 415 mil passageiros todos os dias.

A operação do metrô é complexa e inclui tarefas que só podem ser realizadas de madrugada, como a troca e manutenção dos trilhos, quando o sistema está fechado para o público. A rotina dos trabalhadores, muitas vezes, se mistura com a dos passageiros.


Um caso marcante foi o da Simone Bispo dos Santos, que entrou em trabalho de parto dentro de uma estação e foi socorrida por uma funcionária. “Acredito que foi um anjo que a encaminhou para me socorrer e não entrasse na composição”, relembra Simone.

Outra curiosidade é o setor de achados e perdidos, onde objetos inusitados, como dentaduras, próteses e até espadas de samurai, são deixados. “A gente sempre pensa nas histórias por trás dos objetos, mas muitos ficam só na imaginação”, comenta um funcionário.

Avanços tecnológicos e desafios

Sidney Silva, maquinista há 30 anos, acompanhou de perto a evolução do sistema: “Antigamente, o trem tinha um sistema analógico, hoje é totalmente digital e automático. Mas a responsabilidade do trem é do operador”, explica.

O Metrô paulistano tem 104 quilômetros de extensão, seis linhas e 91 estações, atendendo uma população de quase 12 milhões de habitantes. Embora o sistema tenha evoluído, ele ainda é insuficiente para atender toda a demanda. A Cidade do México, com nove milhões de habitantes, possui uma malha de 200 quilômetros, com 163 estações e 12 linhas.

Nos EUA, Nova York, com cerca de 370 quilômetros de trilhos, tem 24 linhas e mais de 460 estações. Na Inglaterra, Londres, com uma população menor que São Paulo, conta com 400 quilômetros de metrô. Esses números mostram a necessidade de ampliação da malha paulistana. Apesar das dificuldades, o metrô continua sendo essencial para quem vive, trabalha e estuda em São Paulo.

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