Se aprovada, a greve paralisaria cerca de 60 mil funcionários, afetando mais de 4 milhões de pessoas
Os motoristas confirmaram a suspensão da greve de ônibus marcada para sexta-feira (7) em São Paulo. Com isso, todas as linhas da capital paulista vão operar normalmente.
O que aconteceu
Suspensão da greve foi votada hoje em assembleia. A decisão foi unânime. Na véspera, o SindMotoristas já havia desistido da paralisação após audiência na Justiça do Trabalho com a SPTrans e a SPurbanuss, o sindicato que representa as concessionárias responsáveis pelo transporte na capital paulista.
Se aprovada, greve paralisaria cerca de 60 mil funcionários. O número inclui motoristas, cobradores e operadores do setor de manutenção e fiscalização. Segundo a SPTrans, a cidade tem 1.304 linhas operadas por concessionárias, e a paralisação poderia afetar 4,3 milhões de pessoas que usam o transporte diariamente. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a falar em 7 milhões de pessoas prejudicadas.
Estado de greve, contudo, está mantido até 30 de junho. É a data definida como prazo final para a negociação entre trabalhadores e empresas de ônibus.
Reivindicações
Sindicato pede aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia. Os motoristas propõem reajuste salarial de 3,69%, baseado na inflação medida pelo IPCA, e mais 5% de aumento real. Os sindicalistas alegam, no entanto, que os patrões propuseram correção de 2,77%, e composição da diferença pelo Salariômetro da Fipe — sugestão que já havia sido rejeitada pela categoria em setembro.
Demandas ainda incluem melhores horários, plano de saúde e vale-alimentação. Já a reposição das perdas salariais na pandemia seriam na ordem de 2,46%, de acordo com cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
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