A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) inaugurou duas unidades do Espaço Acolher em estações de Poá. São salas destinadas a receber vítimas de importunação sexual nos trens da companhia ou nas paradas. O espaço da estação Poá, por onde circulam quase 15 mil pessoas por dia, foi inaugurado nesta quarta-feira (5) e o da Calmon Viana na terça-feira (4).
Quando ocorre o ato de importunação sexual, seja no trem ou nas estações, a vítima pode fazer a denúncia para qualquer funcionário da CPTM. Este colaborador, então, faz o encaminhamento para o Espaço Acolher. A sala tem por objetivo oferecer acolhimento e segurança à pessoa que foi vítima deste crime. O primeiro atendimento é feito por esse serviço, depois o funcionário vai com a denunciante à polícia para registrar o crime.
Essa é a oitava sala de acolhimento inaugurada na Linha 11 Coral. Ao todo a CPTM possui 33 desses espaços. Só no ano passado foram registradas por volta de 100 denúncias de importunação sexual em todas as linhas, e em quase 100% dos casos as vítimas denunciaram à polícia.
Para Gislaine Pereira de Souza, supervisora geral de estações da CPTM, é essencial que as pessoas que passarem pelo abuso registrem a ocorrência. "É muito importante que o infrator seja identificado, que a mulher faça a denúncia na hora. E mais ainda, as pessoas que testemunharem e presenciarem esse ato, também ajudem a vítima a denunciar para servir como testemunha. Assim o infrator pode ser identificado e levado ao distrito policial".
As vítimas são levadas para uma sala humanizada para receber apoio ao denunciar o infrator — Foto: TV Diário/ Reprodução
A supervisora explica ainda que em nenhum momento a vítima tem contato com o seu abusador. "É importante ressaltar que, durante todo esse atendimento, a vítima não fica junto ao infrator. Ela fica nesse local privado, segura".
Mesmo nas estações sem este tipo de atendimento, quem passar pela importunação sexual pode procurar ajuda e informar o caso à CPTM. "Nas estações que ainda não têm este espaço o atendimento é feito da mesma maneira, privado. Se o ocorrido for em alguma parada que não tenha esse serviço e ela quiser ir para o Espaço Acolher, o nosso funcionário vai com ela para a próxima estação que ofereça", explica Gislaine.
Vimos no G1
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