A ViaMobilidade operadora das Linhas 8 e 9 informou ao ministério público que recebeu as duas ferrovias em condições de risco operacional elevado, segundo uma publicação do G1.
Documento feito pela própria concessionária foi encaminhado ao Ministério Público e cita que descarrilamento pode ocorrer a qualquer momento, como o que aconteceu em dezembro de 2022, um mês antes de o relatório ter sido feito. Mesmo assim, ViaMobilidade afirma que trens circulam com segurança.
O documento fez um raio-x da situação atual de toda a estrutura das linhas. Entre os principais problemas estão os trilhos que, segundo a concessionária, foram entregues em péssimas condições devido à falta de manutenção preventiva. Fotos foram incluídas na apresentação para reforçar esse argumento.
A ViaMobilidade informou também que a via por onde os trens passam estava em estágio de degradação elevado. E isso exigiu “atuação imediata para eliminar os riscos”.
A empresa informou ainda que há também um alto índice de deterioração dos dormentes de madeira, que suportam o peso do trem, e diversos dormentes de concreto quebrados, o que pode provocar variações de bitola, que é a distância entre os dois trilhos.
Mesmo assim, a ViaMobilidade assegura que os trens circulam com segurança.
“O risco está controlado, a gente tem um plano de manutenção, sabe quais são as medidas emergenciais que têm que ser feitas. Fizemos as mais críticas e, as que têm hoje para ser feitas, podemos fazer ao longo do tempo”, afirma Paulo Ferreira, diretor de operações da ViaMobilidade das linhas 8 e 9.
Já a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, segundo a publicação, disse que as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda estavam em condições de operação quando foi feita a transferência e que, durante os sete meses do período de transição a situação das vias, foi repassada de maneira transparente para a concessionária.
O número de falhas também aumentaram assim que mudou a gestão das linhas, da CPTM para a ViaMobilidade, segundo o mesmo G1, com ao menos 30 falhas em apenas 47 dias de operação. Em um pouco mais de um ano, foram ao menos cinco descarrilamentos e uma morte de um funcionário em Pinheiros.
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