Atualizado às 17h28
Linhas do Metrô operam parcialmente 17h20
Linha 1-Azul: Opera entre as estações Ana Rosa e Luz
Linha 2-Verde: Opera entre as estações Alto do Ipiranga e Clínicas
Linha 3-Vermelha: Opera entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília
As estações ficaram abertas até às 20h.
Uma greve paralisa, por tempo indeterminado, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de São Paulo nesta quinta-feira (23).
Liminar atende pedido do Metrô, que acionou a Justiça após paralisação nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Companhia tinha anunciado mais cedo que liberaria as catracas caso a greve fosse encerrada. Trabalhadores chegaram a retornar aos postos, mas estações não foram abertas. Governo alega que funcionários demoraram para retomar a operação.
Em uma assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (23), os metroviários de São Paulo decidiram continuar com a greve que começou nesta madrugada. Segundo o sindicato, a decisão ocorreu porque se disseram "enganados", já que o governo anunciou que aceitou a liberação das catracas, mas, ao mesmo tempo, entrou na Justiça contra.
A Justiça do Trabalho vetou a liberação das catracas do Metrô de São Paulo e determinou o retorno imediato da operação, sendo 80% em horário de pico e 60% nos demais períodos.Por conta dos empasses entre o Metrô e o Sindicato, até as 13h45 as estações permaneciam fechadas.
A liminar foi concedida a pedido do Metrô. Em caso de descumprimento, pode ser aplicada multa ao sindicato dos metroviários no valor de R$ 500 mil por dia.
Na decisão, o desembargador Ricardo Apostólico defende que a eventual liberação colocaria em risco a segurança dos usuários e trabalhadores, provocando "colapso" no sistema.
"A eventual liberação das catracas poderia submeter o sistema ao recebimento de usuários acima do regular, diante de evidente migração de passageiros de outros meios de transporte, causando colapso e pondo em risco a segurança dos trabalhadores e dos próprios usuários, além de danos aos equipamentos e estrutura das estações."
A paralisação começou na madrugada nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.
Mais cedo, o Metrô havia anunciado que aceitava a proposta do sindicado de liberar as catracas para encerrar a greve.
A medida, entretanto, seria colocada em prática condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção, para garantir a segurança dos passageiros.
O sindicato afirma que os trabalhadores retomaram os postos às 11h, mas que o governo não autorizou a abertura das estações.
Após a decisão da justiça, o governo alegou que os trabalhadores demoraram para retomar a operação.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô funcionam normalmente.
As três linhas afetadas pela greve respondem por 90% dos 2,8 milhões de passageiros transportados por dia por todo o Metrô de São Paulo.
Usuários relatam que foram pegos de surpresa e se aglomeravam em frente as estações. Por conta da paralisação, a CPTM, que opera normalmente, registra lotação e longas filas para acessar as catracas.
A dificuldade também era para embarcar nos ônibus alternativos e ou conseguir solicitar um veículo por aplicativo.
Os trens da CPTM também estão circulando, segundo a companhia, mas as transferências para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô permanecerão fechada.
Já as transferências com as linhas 4-Amarela e 8-Diamante funcionarão normalmente nas estações Luz e Barra Funda.
A EMTU informou que as linhas operam normalmente e que vai reforçar principalmente as integradas ao Metrô e à CPTM.
Greve no Metrô de São Paulo - Foto: G1
O rodízio municipal de veículos foi suspenso.
A Zona Azul e a proibição de circulação de carros nos corredores de ônibus continuam valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).
“Ontem, eu vim aqui [na estação] e não tinha nada falando que ia ter greve. Não tinha falando que ia ter assembleia e reunião com o governo. Hoje que avisaram que o governo recusou a proposta e aí 0h eles decidem paralisar, a gente chega aqui e não consegue ir trabalhar", diz Benedito de Silva Paula, que tentava pegar o metrô na estação Tucuruvi, da linha 1-Azul, no início da manhã desta quinta.
Mudanças em linhas de ônibus
A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes:
Linhas criadas
- Metrô Tucuruvi - Praça do Correio (circular)
- Metrô Santana - Praça do Correio (circular)
Linhas reforçadas
- 175T/10 Metrô Santana - Metrô Jabaquara
- 157P/10 Metrô Santana - Ana Rosa
- 2104/10 Metrô Santana - Term. Pq. D. Pedro II
- 5290/10 Div. de Diadema - Term. Pq. D. Pedro II
- 5106/10 Jd. Selma - Largo São Francisco
- 574A/10 Americanópolis - Largo do Cambuci
- 118C/10 Jd. Pery Alto - Metrô Santa Cecília
- 9300/10 Term. Casa Verde - Term. Pq. D. Pedro II
- 107T/10 Metrô Tucuruvi - Term. Pinheiros
- 208V/10 Term. A.E. Carvalho - Term. Pq. D. Pedro II
- 1177/10 Term. A.E. Carvalho - Luz
- 233A/10 Jd. Helena - Term. Vila Carrão
- 4310/10 ET Itaquera - Term. Pq. D. Pedro II
Linhas alteradas
A linha 178Y/10 Vila Amélia - Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração.
As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida - Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos - Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos - Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara.
Disputa sobre abono salarial
O Sindicato dos Metroviários informou que a categoria cobra o pagamento do abono, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações.
Os grevistas chegaram a propor um dia de catraca livre como alternativa para não prejudicar a população, o que não foi aceito por questões de segurança.
Por meio de nota, o Metrô disse "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa".
A empresa disse que também empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas que a realidade econômica da companhia "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento".
O Metrô disse ainda que teve "significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019".
Vimos no G1
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