Trens do monotrilho ficam paralisados nesta segunda-feira após pneu de composição estourar na quinta — Foto: Reprodução TV Globo
Linha está paralisada após 23 trens serem recolhidos para manutenção. Sistema de ônibus do Paese foi acionado para atender usuários entre as estações São Mateus e Vila Prudente.
Após apresentar problemas em pneus dos trens, a Linha 15-Prata do
Monotrilho de São Paulo não funciona nesta segunda-feira (2) após
apresentar falha no pneu de uma composição na última quinta-feira (27).
Não há previsão de normalização.
Cerca de 50 ônibus do sistema de emergência da SPtrans (Paese) foram
acionados para atender a população entre as estações São Mateus e Vila
Prudente entre 4h40 e 0h.
A linha está paralisada após a fabricante pedir para recolher os 23
trens que compõem a linha para realizar manutenção. Apesar de ser nova, a
Linha Prata foi a que apresentou mais problemas em janeiro deste ano,
sendo a recordista de falhas.
Nesta manhã, passageiros reclamavam da dificuldade em pegar os ônibus
da operação Paese na estação Parque São Lucas. Na estação Camilo Haddad,
os passageiros não conseguiam embarcar devido a lotação. O trânsito na
região estava congestionado.
Neste final de semana, a linha já havia ficado fechada para a realização de testes, segundo o Metrô, que administra a Linha 15-Prata.
Na tarde deste domingo (1), o Metrô confirmou que um pneu de um trem se
rompeu na última quinta (27), o que fez com que a composição tivesse
que ser recolhida. Após realização de testes, danos foram constatados
também em outros pneus da fabricante Bombardier.
“Ao longo dos testes realizados na linha neste fim de semana, o Metrô
constatou a incidência de danos em outros pneus dos trens do monotrilho.
A fabricante Bombardier foi acionada imediatamente e verificou que os
dispositivos chamados ‘Run Flat’ estão causando essa alteração. Esses
dispositivos ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos
de anormalidades, como pneus furados ou murchos”, diz o texto.
O Metrô afirmou ainda que cobrou providências da Bombardier e do
Consórcio CEML, que construiu a via “para a identificação da causa da
ocorrência, a sua correção e também que eles arquem com todos os
prejuízos decorrentes desta paralisação”.
A nota também afirma que toda a frota, vias e sistemas passarão por
“rigorosa inspeção nos próximos dias, com acompanhamento dos
funcionários do Metrô, para uma imediata solução que permita a retomada
da operação”.
A Bombardier afirmou, também por meio de nota, que foram adotadas medidas preventivas.
"Por excesso de cautela, recomendamos que o Metrô de São Paulo
removesse a frota de 23 trens de serviço para que nossa equipe de
especialistas do Canadá, pudesse realizar as inspeções necessárias.
Juntamente com nossos fornecedores de rodas e pneus, estamos trabalhando
24 horas por dia para inspecionar os trens, determinar a causa do
incidente, desenvolver uma solução e apresentar medidas corretivas ao
Metrô de São Paulo", disse.
A empresa também pediu desculpas pelo incidente. "Entendemos o impacto
que isso terá na comunidade de São Paulo e pedimos desculpas pelo
inconveniente necessário. Embora nosso objetivo seja devolver os trens
aptos para operação o mais rápido possível, a segurança é nossa
prioridade número um. Gostaríamos de tranquilizar os passageiros de que
os trens do monotrilho do Metrô de São Paulo têm transportado
passageiros com segurança e confiabilidade desde que o sistema foi
inaugurado em 2014."
O G1
procurou o Consorcio Expresso Monotrilho Leste (CEML) para comentar o
caso, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
Vimos no G1
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