Governador de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre Coronavírus GovernoSP/Flickr
O governo do Estado de São Paulo decretou a instalação de uma quarentena obrigatória de 15 dias a partir da próxima terça-feira 24 para frear a pandemia de coronavírus. Segundo o governador João Doria (PSDB) anunciou
neste sábado, 21, todos os serviços não essenciais devem fechar as suas
portas até 7 de abril, com a possibilidade de prorrogação.
“Saímos do campo da recomendação para o campo da
determinação legal”, afirmou Doria em coletiva de imprensa no Palácio
dos Bandeirantes. “Estamos em uma guerra de vida ou morte, e queremos
seguir a trajetória de vida”.
A quarentena restringe o funcionamento do comércio. Serviços de
saúde, como farmácias e hospitais, e alimentação, como supermercados e
padarias, poderão continuar a operar normalmente.
As transportadoras, serviços de transporte público, serviços de
call center, postos de combustível e pet shops continuam funcionando
com as orientações dos sanitaristas. O serviço de Segurança Pública,
tanto estadual, quanto municipais, continuam funcionando normalmente,
assim como os serviços privados de segurança e limpeza.
Os bancos e lotéricas também continuam abertos, assim como o
setor das indústrias e construção civil. Os restaurantes e bares poderão
funcionar só com serviço de entregas. “O uso de delivery é uma forma
criativa de seguirem funcionando e manterem os empregos de seus
profissionais”, disse o governador.
Ainda segundo Doria, o estado vai tomar “medidas policiais”
para impedir aglomerações, como bailes funk e outros eventos de rua.
De acordo com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na
terça será publicado um decreto municipal para orientar os fiscais sobre
como devem agir na fiscalização dos estabelecimentos. “Muita
gente está achando que se trata de uma marolinha, mas é necessário
isolamento social. É um ato de respeito ao próximo, de humanidade. Não é
férias”, afirmou o prefeito, que também participou da coletiva neste
sábado.
A Secretaria Estadual de Saúde confirmou na sexta-feira 20 que
há nove mortes causadas pela Covid-19 no estado de São Paulo, além de
396 casos. Com o novo balanço, o total de mortes em todo o país alcançou 11.
Neste sábado, a prefeitura de Petrópolis, no Rio de Janeiro,
confirmou a primeira morte na cidade, que ainda não foi contabilizada
pelo Ministério da Saúde. Com a terceira morte no Rio, sobem para 12 os
óbitos confirmados em todo o país.
O Hospital Israelita Albert Einstein, que detectou o primeiro caso de
Covid-19 no Brasil, informou que, no começo da manhã deste sábado,
estavam internados 60 pacientes, sendo 40 confirmados e 20 suspeitos. Desses pacientes, 12 se encontram na UTI.
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