Passageiros que carregarem seus bilhetes até 12 de janeiro poderão viajar com o valor da antiga tarifa. Integração dos trens com os ônibus vai custar R$ 7,48.
O governador João Doria (PSDB) reajustou o valor da tarifa básica dos
trens do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de
R$ 4 para R$ 4,30 a partir do dia 13 de janeiro.
O preço da passagem será o mesmo do que foi anunciado anteriormente pela Prefeitura de São Paulo para os ônibus municipais.
Normalmente, o anúncio é feito em conjunto pelo governo estadual e
Prefeitura de São Paulo e entram em vigor na mesma data. Mas, o
ex-governador Márcio França deixou o anúncio para o atual governador
João Doria (PSDB), que assumiu a função nesta terça-feira (1º). No
entanto, a mudança da tarifa básica do ônibus será no dia 7 de janeiro.
O valor do reajuste está acima da inflação. Até novembro, o IPCA – a
inflação oficial – acumulou alta de 3,59%. A projeção do Banco Central é
que o índice termine o ano em 3,69%.
O governo reajustou os valores em 7,5% e argumenta que a tarifa básica
representada pelo Bilhete Unitário utilizado no Metrô e na CPTM foi
objeto de recomposição, pela última vez, em 7 de janeiro de 2018. “Os
valores nominais apresentam defasagem, vez que a inflação medida pelo
IGP-M -Índice Geral de Preços do Mercado apurado pela Fundação Getúlio
Vargas é de 7,54%, para o ano de 2018. Desta feita, considerando à
manutenção e sustentabilidade do sistema e assegurando o princípio da
modicidade tarifária, buscou-se o ponto de equilíbrio técnico para a
necessária recomposição”, diz o texto publicado no Diário Oficial desta
quinta-feira (3).
"Vamos seguir a mesma decisão da Prefeitura de São Paulo e a tarifa
será atualizada para R$ 4,30 na CPTM e no Metrô. É o valor atualizado,
não é nenhum aumento, é apenas a correção monetária", justificou Doria.
A tarifa integrada dos trens do Metrô e da CPTM com os ônibus de São Paulo subiu de R$ 6,96 para R$ 7,48.
Os passageiros que carregarem seus bilhetes até 23h59 do dia 12 de
janeiro poderão viajar com o valor da tarifa antiga, enquanto o crédito
do bilhete não se esgotar. Já os passageiros dos ônibus da capital
paulista conseguem recarregar até o dia 6 de janeiro os bilhetes sem
pagar o valor do aumento.
As gratuidades para idosos, estudantes, portadores de necessidades
especiais e desempregados serão mantidas.De acordo com a Secretaria de
Transportes Metropolitanos, no ano passado, o governo do estado investiu
cerca de R$ 1,4 bilhão em gratuidades para que 352 milhões de
passageiros tivessem acesso livre ao transporte público.
Entenda o aumento das passagens
- A tarifa de ônibus sobe de R$ 4 para R$ 4,30 em 7 de janeiro
- Usuários podem carregar pelo valor antigo até o dia 6 de janeiro
- A tarifa de Metrô e CPTM sobe de R$ 4 para R$ 4,30 no dia 13 de janeiro
- Usuários podem carregar pelo valor antigo até o dia 12 de janeiro
Tarifas de SP têm reajuste — Foto: Reprodução/TV Globo
Novas tarifas Metrô e CPTM
- Tarifa unitária R$ 4,30
- Integhração com ônibus de SP R$ 7,48
- Fidelidade 8 viagens R$ 31,71
- Fidelidade 20 viagens R$ 76,86
- Fidelidade 50 viagens R$ 187,05
- Bilhete Mensal Comum R$ 208,90
- Bilhete Mensal Integrado R$ 323,80
- Bilhete 24 horas Comum R$ 16,40
- Bilhete 24 horas Integrado R$ 21,60
Tarifa ônibus SP
O aumento da tarifa dos ônibus na gestão Bruno Covas foi de 7,5%,
índice maior do que a inflação que deve fechar 2018 em 3,69%, segundo
projeção do Banco Central"
A Prefeitura argumentou que o aumento foi baseado na inflação acumulada
dos últimos três anos, de acordo com o IPC-Fipe, de 13,06%. “Por dois
anos, em 2016 e em 2017, a tarifa não sofreu qualquer reajuste,
mantendo-se no valor de R$ 3,80, impactando significativamente o
orçamento da Prefeitura.
Em 2018, houve um aumento abaixo da inflação,
elevando o valor para R$ 4,00. Agora, a Prefeitura realiza uma
necessária adequação da receita para reduzir o desequilíbrio do
sistema”, disse em nota.
Com o Bilhete Único, o passageiro tem o direito de fazer três viagens
de ônibus no intervalo de três horas na capital paulista. Diariamente,
9,5 milhões de passageiros utilizam os 14 mil ônibus que circulam pela
cidade.
Os passageiros que carregarem seus bilhetes até 23h59 do dia 6 de
janeiro poderão viajar com o valor da tarifa antiga, enquanto o crédito
do bilhete não terminar.
O Bilhete Mensal somente ônibus passa de R$ 194,30 para R$ 208,90. Já o
Bilhete Diário, que é válido por 24 horas, sobe de R$ 15,30 passa para
R$ 16,40.
A administração municipal decidiu manter a política de subsídio apenas
para o passageiro. As gratuidades para idosos, estudantes e pessoas com
deficiência serão mantidas.
Já o vale-transporte para as empresas deixará de ser subsidiado pelos
impostos municipais pagos pela população. O valor a ser pago pelo
empregador passará a ser de R$ 4,57. O fim do subsídio alcança apenas as
empresas. Para o trabalhador, o desconto de 6% em folha, conforme
define a Legislação Trabalhista, não sofrerá alteração. A mudança no
vale-transporte deve entrar em vigor em 30 dias.
O valor do subídio que a Prefeitura gasta vem subindo ano a nao. Em
2013, as empresas de ônibus recebiam R$ 1,6 bilhão para arcar com as
gratuidades. Em 2017, o valor foi de R$ 2,9 bilhões. O valor do
subisídio de 2018 não foi informado. No entanto, a previsão de gastos
para 2019 é de R$ 2,7 bilhões.
Novos valores dos ônibus em SP
- Veja como ficam as novas tarifas de transporte público na cidade de São Paulo.
- Tarifa dos ônibus municipais (SPTrans): de R$ 4,00 para R$ 4,30
- Bilhete Diário comum (24 horas): de R$ 15,30 para R$ 16,40
- Bilhete Mensal comum: de R$ 194,30 para R$ 208,90
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