Funcionários distribuíram panfletos para passageiros na manhã desta terça-feira; liminar determina a manutenção do efetivo de 80% do serviço nos horários de pico
Os metroviários de São Paulo marcaram para a próxima
quinta-feira, 18, uma paralisação de 24 horas. Segundo o Sindicato dos
Metroviários de São Paulo, o protesto é contra a privatização das Linhas
5–Lilás e 17–Ouro, marcada para ocorrer na sexta-feira, 19.
Na manhã desta terça-feira, 16, os funcionários do metrô
entregaram um panfleto aos passageiros com as informações. De acordo
com a categoria, a privatização diminui o número de metroviários.
A
greve também acontece contra a terceirização das bilheterias do metrô e
aumento das tarifas. A proposta passará por referendo em assembleia
nesta quarta-feira, 17.
Posicionamento da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos
(STM) esclarece que está inteiramente equivocada a afirmação de que
seria a CCR o único consórcio capaz de vencer o leilão. Em setembro de
2017, equipe do Governo de São Paulo fez roadshow e fez contato
com pelo menos quatro grupos europeus capacitados para participar da
licitação, que ocorre na modalidade internacional justamente para
ampliar a concorrência.
“O edital de licitação passou por ampla revisão do
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, de 26 de setembro a 19 de
dezembro do ano passado. Nestes 85 dias, o órgão solicitou apenas a
alteração em um único item do edital, liberando-o, em seguida, para
publicação. É importante ressaltar que todos os questionamentos foram
julgados improcedentes. Além disso, todos os integrantes dos consórcios
que formam as SPEs (Sociedades para Propósitos Específicos) que atuam na
área metroviária são dotados de competência para participar do pregão”,
reforçou a nota.
As Linhas 5 e 17 estiveram abertas à visitação dos
interessados entre 19 de maio e 20 de junho do ano passado, período em
que quatro empresas fizeram visitas técnicas às linhas: CCR, CAF, Benito
Roggio e Primav/CR Almeida.
Ainda de acordo com o posicionamento, o Governo do
Estado de São Paulo vai conceder apenas a operação comercial das Linhas 5
e 17. O ativo não faz parte desse processo e não se trata de
privatização.
Nota do Metrô
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) deferiu, na
tarde de segunda-feira, 15, liminar para garantir o funcionamento do
sistema metroviário no próximo dia 18, considerando a iminente greve
marcada pelo Sindicato dos Metroviários.
A liminar determina a manutenção do efetivo de 80% do
serviço nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos
demais horários, sob pena de aplicação de multa ao Sindicato no valor de
R$ 100 mil.
“O Metrô está preparado para acionar seu Plano de
Contingência para garantir o serviço essencial de transporte metroviário
para a população de São Paulo, conforme a Lei de Greve e de acordo com o
entendimento do TRT. Serão adotadas todas as medidas necessárias para
garantir a oferta do transporte metroviário para a população e assegurar
o acesso dos empregados aos seus postos de trabalho”, reforçou a
companhia.
O Metrô de São Paulo reforça ainda que não fez
demissões. “Ao contrário, o governador Geraldo Alckmin autorizou a
contratação de 214 novos técnicos para a operação de suas linhas, sendo
206 de aproveitamento dos candidatos aprovados em concursos públicos e 8
novos oficiais de logística e almoxarifado. Essas vagas somadas às já
autorizadas em 2017 ultrapassam 500 novos empregados. Os desligamentos
são resultado do PDV (Plano de Demissão Voluntária), ação optativa do
funcionário”, finalizou o posicionamento.
Vimos no Estadão
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