Reportagem da TV Globo desta quinta-feira, 16, mostra que os trens da
CPTM estão andando em velocidade bem mais baixa do que deveriam,
chegando em casos de até 77%. A lentidão se deve a falhas nos trilhos,
serviço de manutenção e obras. A redução mais brusca ocorre em trechos
da linha 7, entre Perus e Caieiras, onde a velocidade máxima cai de 90
para 20 quilômetros por hora.
No trecho da linha 10 – Turquesa, quando o trem sai de São Caetano,
em direção a Tamanudateí, o maquinista é obrigado a reduzir a velocidade
por cerca de 1 quilômetro. Se a linha estivesse com a manutenção em
dia, o normal seria rodar a 90 km/h, mas o limite agora é 40km/h. neste
caso o problema é desgaste de trilhos, que precisa ser trocado por
novos. Somado todos os trechos da linha com esse problema, temos 6
quilômetros.
Na linha 8 – diamante, há 3 trechos com problemas. Em dois trechos,
entre as estações Osasco e Comandante Sampaio, há um problema de erosão
que foi encontrado em 2013. Até hoje nada foi feito e os trens nestes
trechos passam a 20km/h.
Na linha 9 – Esmeralda, o problema é nos rede de cabos que abastecem
os trens. São 2 pontos. Um dos pontos, entre Pinheiros e a Cidade
Universitária, está com problema desde 2012 e não tem data de conserto
prevista.
Na linha 12 – Safira, há 18 km com problemas que fazem com que os
trens reduzam a velocidade. Entre as estações Tatuapé e USP Leste, por
exemplo, a travessia do córrego Tiquatira está danificada, o que provoca
o desnivelamento das vias na curva. Mais o que mais atrapalha são as
obras da linha 13 – Jade.
Na linha 11-Coral, a CPTM identificou instabilidade no solo, nos
dormentes (peças nas quais os trilhos são fixados) e nos trilhos em pelo
menos três trechos.
Em resposta a reportagem, o presidente da CPTM, negou riscos. “Não
corremos nenhum risco. Risco zero. Para isso que existem as precauções.
[…] Nós estamos tentando fazer todos os serviços imediatamente, à medida
que parecem as novas precauções. Aquelas que são mais antigas são
problemas que dependem de outros fatores que a gente está tentando
resolver”, explicou.
“O que
acontece muitas vezes, o que aconteceu com trilho, nós tivemos duas
licitações fracassadas, por problema de concorrência, entre os
participantes, em que a gente tem que fazer como funciona a lei, pra
poder concluir”, disse. “Uma coisa que estava desde 2012 pra comprar o
trilho, e em 2015, que foi quando eu assumi a empresa, a gente fez a
compra de 8 mil toneladas de trilhos. E compramos mais 2 mil agora”,
completou.
Vimos no Via Trolebus
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