quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ônibus começam a ser liberados em terminais de São Paulo

Ônibus começam a ser liberados no Terminal Parque Dom Pedro II (centro), após uma hora de paralisação promovida por motoristas e cobradores, que estão em campanha salarial. A previsão é que protesto se encerre em todos os 29 terminais da capital paulista. O protesto demorou metade do que era previsto, pois houve avança nas negociações sobre reajuste salarial dos trabalhadores na reunião entre representantes do Sindmotoristas (sindicato da categoria) e o sindicato patronal. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a nova proposta dos empresários. Os motoristas e cobradores de ônibus irão se reunir nesta sexta-feira (20), às 16h, para decidir se aceitam o que foi oferecido pelos patrões ou se entram em greve a partir da semana que vem.

O avanço nas negociações entre o Sindmotoristas e o sindicato patronal suspendeu a paralisação dos 29 terminais de ônibus na cidade de São Paulo. Assim, a paralisação termina uma hora antes do horário previsto. Em entrevista à rádio CBN, o presidente do Sindimotoristas, Valdevan Noventa, afirmou que os empresários apresentam "uma proposta melhor do que a anterior", mas não entrou em detalhes. Já a SPUrbanuss só deverá falar sobre sua nova proposta no final da tarde desta quinta-feira (19). Ainda de acordo com Noventa, a nova proposta será apresentada aos motoristas e cobradores na assembleia da categoria, que será realizada na sexta-feira.  

A SPUrbanuss (sindicato patronal) ofereceu reajuste de 2,31% no salário e no ticket refeição da categoria. O sindicato patronal afirma não ser possível neste ano dar aumento maior para a categoria sem que haja reajuste na "tarifa-remuneração" das empresas, que é paga pela prefeitura de São Paulo. De acordo com a assessoria do SPUrbanuss, a prefeitura já sinalizou que não haverá reajuste neste ano. De acordo com a "Folha de S. Paulo", a prefeitura transferiu às empresas em 2015 algo em torno de R$ 1,7 bilhão em subsídios, valor que pode chegar a R$ 2,1 bilhões neste ano, mesmo sem o reajuste. Esses subsídios acontecem porque a tarifa paga pelos passageiros não é suficiente para cobrir os custos da operação, já que a administração tem que arcar com as gratuidades para idosos e estudantes, por exemplo.

Os motoristas e cobradores pedem reposição da inflação e aumento real de 5%, além de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 2.000, convênio médico gratuito, seguro de vida e auxílio funeral. Segundo o Sindmotoristas, as empresas ofereceram aumento abaixo da inflação e pretendem demitir cobradores de ônibus.

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