Funcionários da CPTM, que ameaçam greve, fazem assembleia nesta terça (10)

Representantes da categoria não gostaram de proposta de reajuste de 5,22%, parcelado, feita hoje pela empresa

Em audiência de conciliação realizada hoje (9) no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, a proposta de reajuste salarial da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passou de 2,61% para 5,22%, em duas parcelas. O índice não agradou aos sindicatos dos ferroviários, que farão assembleia amanhã à noite. A categoria pode parar na quarta-feira (11).

Com data-base em 1º de maio, os trabalhadores podem reposição de perdas com base na inflação e aumento real, o que representaria um reajuste acima de 11%. "Já existe concordância quanto a 56 cláusulas sociais (como concessão de estabilidade pré-aposentadoria, benefício saúde e assistência odontológica), porém o ponto mais sensível é o econômico", diz o tribunal.
 
O vice-presidente judicial do TRT, desembargador Wilson Fernandes fez um apelo para que as partes mantenham negociações, pedindo para que os trabalhadores não iniciem a paralisação e que a empresa considere aumentar o índice proposta. Ele marcou nova audiência para terça da semana que vem (17), às 10h. 

Em 2015, conforme o relatório da administração, a média de passageiros transportados foi de 2,783 milhões por dia útil, ante 2,777 milhões no ano anterior. O número de funcionários caiu de 8.752 para 8.570.

Metrô e ônibus
Também com data-base neste mês, os metroviários de São Paulo fazem assembleia amanhã, a partir das 18h30, para avaliar o andamento da campanha salarial. O sindicato da categoria afirma que a Companhia do Metropolitano (Metrô) tenta restringir as conversações, reduzindo a participação da comissão de negociação, determinando o local das reuniões em local de difícil acesso e limitando a três o número de reuniões.

"Como se não bastassem esses absurdos, a direção do Metrô não quer discutir nas negociações os temas plano de saúde dos aposentados, plano de carreira e jornada de trabalho, alegando que já existe um fórum de discussão dessa pauta", afirma a entidade.

Outra categoria em época de negociação, a dos motoristas e cobradores de ônibus, devem fazer passeata nesta terça até a prefeitura da capital paulista. Representantes do sindicato devem se reunir à tarde com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. Eles ameaçam interromper atividades na próxima sexta-feira. A categoria reivindica 5% de aumento real (acima da inflação).

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