Passagens unitárias vão de R$ 3,50 para R$ 3,80 a partir de 9 de janeiro. Reajuste foi feito por Haddad e Alckmin e é menor do que a inflação.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) decidiram reajustar as tarifas de ônibus, metrô e trem a
partir de 9 de janeiro de 2016. A informação foi confirmada nesta
quarta-feira (30) pelo Bom Dia São Paulo.
O bilhete unitário foi reajustado em 8,57%, passando dos atuais R$ 3,50
para R$ 3,80. A tarifa com integração entre ônibus e trilhos aumentou
de R$ 5,45 para R$ 5,92. As tarifas dos bilhetes mensal, semanal, diário
e madrugador permanecem congeladas.
O reajuste é menor do que a inflação acumulada no período, de 10,49%, segundo o IPC-Fipe.
Como vão ficar as tarifas a partir do dia 9 de janeiro:
- bilhete unitário de ônibus: R$ 3,80
- bilhete unitário de metrô: R$ 3,80
- bilhete unitário de trem: R$ 3,80
- bilhete semanal de ônibus: mantido em R$ 38
- bilhete mensal de ônibus: mantido em R$ 140
- integração entre ônibus e trilhos: R$ 5,92
- bilhete unitário de metrô: R$ 3,80
- bilhete unitário de trem: R$ 3,80
- bilhete semanal de ônibus: mantido em R$ 38
- bilhete mensal de ônibus: mantido em R$ 140
- integração entre ônibus e trilhos: R$ 5,92
O último aumento ocorreu em janeiro deste ano, quando Haddad autorizou
que tarifa dos ônibus subisse de R$ 3 para R$ 3,50 após ficar mais de um
ano congelada. Dias depois, Alckmin aumentou as passagens de trens e
metrô para o mesmo valor. O Movimento Passe Livre (MPL) fez protestos contra o reajuste.
Em 2013, o aumento das tarifas do transporte público geraram protestos
em junho de 2013, se espalhando para todo o país. As manifestações
fizeram o prefeito e o governador de São Paulo recuarem do reajuste de
R$ 3 para R$ 3,20 naquele ano.
Subsídio
Em outubro, a Prefeitura de São Paulo publicou um decreto aumentando os subsídios pagos às empresas de ônibus em R$ 144 milhões. Os valores são compensações tarifárias previstas em contrato e que servem para “indenizar” as empresas pelo transporte de pessoas que não pagam a tarifa. É o caso dos estudantes, que desde o início do ano podem fazer viagens totalmente gratuitas, e de aposentados.
Em outubro, a Prefeitura de São Paulo publicou um decreto aumentando os subsídios pagos às empresas de ônibus em R$ 144 milhões. Os valores são compensações tarifárias previstas em contrato e que servem para “indenizar” as empresas pelo transporte de pessoas que não pagam a tarifa. É o caso dos estudantes, que desde o início do ano podem fazer viagens totalmente gratuitas, e de aposentados.
Os R$ 144 milhões foram retirados de projetos tidos como prioritários
pela gestão Fernando Haddad (PT), como a construção e a modernização de
corredores e terminais de ônibus, que vão perder R$ 33 milhões. Outros
R$ 14 milhões virão da verba prevista para a construção de moradias
populares.
emanejamento foi publicado nesta terça-feira (20) no Diário Oficial do
município. Com a verba, a administração tenta resolver a dívida com as
empresas de ônibus da cidade, que já chega a R$ 90 milhões.
A Prefeitura de São Paulo afirma que o Orçamento previsto anteriormente
ficou “aquém do total de subsídios” necessário. O Orçamento deste ano
previu R$ 1,4 bilhão para esse tipo de compensação. Para 2016, o valor
deve ser ainda maior. Segundo projeto de lei enviado pela Prefeitura à
Câmara, a previsão é gastar R$ 1,9 bilhão no próximo ano.
A SPUrbanuss, que representa as empresas de ônibus da cidade, afirma
que elas estão enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos
financeiros com os funcionários e fornecedores. Ressaltam, porém, que
não haverá problemas com a operação.
"As empresas concessionárias esperam que essa situação se normalize o
mais rápido possível e asseguram que não haverá problemas com a operação
normal do serviço de transporte urbano."
No início de outubro, o prefeito negou que já tenha decidido sobre o
possível congelamento do valor da tarifa de ônibus. Haddad disse que tem
feito uma política metropolitana e que as decisões de aumento são
tomadas em conjunto com o governo do estado e demais municípios.
“Na verdade tem dois fatores que precisam ser considerados: primeiro,
que a gente tem feito uma política metropolitana que inclui inclusive o
governo do estado, as decisões sobre tarifa de transporte público têm
sido organizadas mediante conversas entre prefeitos e entre o prefeito e
o governador. Então, as decisões têm sido tomadas na mesma data criando
uma política metropolitana e não uma política casuística, em função de
calendário ou de partidarização”, destacou.
Enquanto isso, a Prefeitura tenta contratar um novo serviço de ônibus
para substituir o atual. Uma licitação foi lançada na última semana e
tem previsão de abertura de envelopes para o mês de novembro. A
licitação vai alterar o funcionamento do serviço de ônibus da capital
pelos próximos 20 anos e vai mudar também a forma como a remuneração é
feita.
Uma das alterações diz respeito à satisfação do consumidor, que passará
a ser levada em conta nos valores repassados às concessionárias.
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