Laudo preliminar do IPT prevê retirada de escombros e escoramento de paredes internas. Edifício afetado por incêndio passará por obras.
Com base no laudo preliminar do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) encomendado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM), a prefeitura de São Paulo decidiu manter por tempo indeterminado
a interdição da Estação da Luz e do tráfego de trens nas plataformas da
estação. Passam por ali cerca de 300.000 pessoas diariamente.
Patrimônio histórico, o prédio datado de 1900 foi afetado pelo incêndio
que atingiu o Museu da Língua Portuguesa na segunda-feira.
Segundo informações da Defesa Civil municipal, o IPT condicionou a
liberação da estação à retirada total de escombros do incêndio e
estruturas de madeira dos telhados, que exercem pressão sobre paredes
com risco de desabamento, além do escoramento da parede interna e da
instalação de um sistema de tratamento interligando os painéis opostos
do piso de cobertura nos lados da Praça da Luz e da Rua Mauá. O trânsito
no Jardim da Luz, no trecho diante da estação, também teve a
interrupção mantida.
Depois da conclusão das obras, a serem executadas pelo governo estadual, haverá outra vistoria da Defesa Civil.
As opções aos usuários das linhas 7-Rubi e 11-Coral da CPTM, que não
estão chegando à Estação da Luz, são o desembarque na Estação
Palmeiras-Barra Funda, que tem integração com a Linha 3-Vermelha do
metrô, e na Estação Brás, que também tem conexão com a Linha 3-Vermelha.
As linhas 1-Azul e 4-Amarela do metrô, que passam pela Luz, operam normalmente.
Destruído pelo incêndio, o Museu da Língua Portuguesa não possui Auto
de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) nem alvará de funcionamento da
prefeitura de São Paulo. O porta-voz dos bombeiros, capitão Marcos
Palumbo, diz ter havido incorreções no projeto apresentado originalmente
pelo museu para obtenção do AVCB e que o aval da corporação depende de
uma "lição de casa". De acordo com a prefeitura, há um pedido de alvará
datado de 6 de agosto deste ano, cuja emissão depende da apresentação de
documentos da a IDBrasil Cultura Educação e Esporte, Organização Social
(OS) responsável pela administração do museu desde 2012.
Possível curto-circuito - A Defesa Civil e o Corpo
de Bombeiros suspeitam que um curto-circuito pode ter deflagrado o
incêndio no Museu da Língua Portuguesa, que terminou com a morte do
bombeiro brigadista Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Milton Persoli,
funcionários da instituição relataram ao órgão que o fogo começou quando
era realizada a troca de uma luminária, o que pode ter desencadeado o
curto-circuito. "Eles disseram que tiraram a luminária e quando foram
colocar outra, já estava pegando fogo", afirmou. Ele, no entanto,
ponderou que a causa do incidente só poderá ser confirmada com a
conclusão dos laudos técnicos.
Persoli também disse que os danos causados pelo incêndio podem não
ter comprometido a estrutura do prédio. Equipes do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT) foram ao local para fazer uma vistoria nas
instalações. Existe a preocupação de que a movimentação de trens no
local possa abalar a estrutura já danificada pelo fogo. Por isso, a
Estação Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)
permanece fechada nesta manhã. Segundo Persoli, a normalização da
circulação "não deve acontecer tão cedo".
Vimos na Veja
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