O Sindicato que representa os trabalhadores do sistema de ônibus da
cidade de São Paulo descartou a possibilidade de greve por conta de
possíveis demissões sobre a retirada de cobradores em linhas de
corredores.
De acordo com o presidente do Sindimotoristas, Valdevan Noventa em entrevista ao Blog Ponto de Ônibus
do jornalista Adamo Bazani, a entidade deve pressionar ainda mais a
prefeitura de São Paulo a respeito da questão e seguir com a briga na
Justiça, para manter a decisão que hoje é favorável a permanência destes
profissionais nos postos de trabalho.
Noventa fez críticas duras a administração do prefeito Fernando Haddad, dizendo que os trabalhadores não podem ser penalisados. “Os
trabalhadores não podem pagar pela situação. A prefeitura não tem como
bancar os benefícios do Bilhete Único, com as integrações, e mais
pessoas andando sem pagar, com gratuidade. Não pode enxugar a conta
jogando nas costas dos trabalhadores” – disse.
O líder sindical afirma também que até 25 mil trabalhadores podem perder emprego, caso esta medida seja levada a diante. “Não
dá para pensar um ônibus, seja padron, articulado, biarticulado só com o
motorista para cuidar de tudo. A lei 13.207 fala de um segundo
funcionário dentro do ônibus. O cobrador hoje ajuda o motorista em caso
de acidentes, ajuda os passageiros, se alguém passar mal dentro do
ônibus, dá informação”, disse Noventa.
O presidente do Sindicato diz ainda que a redução da frota, proposta
na nova licitação, pode retirar dez mil postos de trabalho entre
motoristas, cobradores, fiscais e mecânicos.
A prefeitura por sua vez, afirma que não haverá demissões, que a
retirada dos cobradores poderia reduzir pela metade os subsídios pagos
às empresas de ônibus, que estão em torno de R$ 1,9 bilhão, e que nas
linhas estruturais que prestarão serviços nos corredores, o embarque
antecipado deve agilizar as partidas dos coletivos, uma vez que os
passageiros não ficarão retidos na catraca, sem a presença dos
cobradores.
Sobre a redução no número de ônibus, a administração diz que menos
veículos, porém maiores, evitarão sobreposição de linhas e filas de
coletivos, além da aumentar a velocidade dos ônibus.
Vimos no Via Trolebus
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