Paralisação afetou quatro das seis linhas de trens nesta terça. CPTM entrou na Justiça pedindo para que greve seja considerada ilegal.
Ferroviários decidiram suspender a greve iniciada na madrugada desta
quarta-feira (3) em São Paulo. Quatro das seis linhas da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram afetadas.
Segundo o Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, as linhas 7-Rubi e
10-Turquesa voltarão a funcionar gradativamente nesta terça. O Sindicato
dos Trabalhadores da Central do Brasil fez assembleia na tarde desta
quarta e decidiu normalizar a circulação das linhas 11-Coral e 12-Safira.
Desde o início da manhã, estavam paradas totalmente as linhas 12 Safira
(Brás/Calmon Vianna) e 10 Turquesa (Brás/Rio Grande Da Serra).
Funcionavam parcialmente, com número reduzido de trens, a 7-Rubi (Luz,
Francisco Morato, Jundiaí): entre Barra Funda e Francisco Morato; e
11-Coral (Luz, Guaianases, Estudantes): entre Luz e Guaianases.
Funcionavam normalmente a 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e
9-Esmeralda.
A CPTM encaminhou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pedido de
abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio.
Segundo o governo, a paralisação é ilegal porque não atendeu uma liminar
que definia o mínimo de 90% do efetivo de maquinistas em horário de
pico e de 70% dos trabalhadores das demais atividades em caso de greve.
O desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal
Regional do Trabalho (TRT), determinou que se os sindicatos
descumprissem a ordem, levariam multa diária de R$ 100 mil.
Em nota, a CPTM afirma que considera "irresponsável" a decisão dos dois
sindicatos. "Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a
paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que
utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola,
ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos
assumidos."
Os engenheiros que trabalham na companhia informaram que a categoria
não aceitou a proposta oferecida pela empresa e que está em estado de
greve. Ao contrário dos ferroviários, os engenheiros decidiram, porém,
continuar trabalhando. Eles vão aguardar nova rodada de negociações no
dia 11 de junho.
Negociação
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os sindicatos que representam os ferroviários se reuniram nesta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a um acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. A CPTM ofereceu duas propostas.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os sindicatos que representam os ferroviários se reuniram nesta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a um acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. A CPTM ofereceu duas propostas.
Esta foi a terceira audiência de conciliação no TRT. Os ferroviários
reivindicam 7,89% de reajuste salarial mais 10% de aumento real. A
próxima reunião no TRT está marcada para o dia 11, às 13h.
A companhia propôs reajuste salarial com base no IPC, de 6,6527%, com
adicional de 1% e reajuste de 10% sobre os benefícios. A segunda oferta é
de reajuste linear de 8,25% sobre salário e benefícios. O conselho de
conciliação do TRT sugeriu ainda um reajuste de 6,6527% (IPC) + 1% de
reajuste e 15% de aumento nos benefícios.
Durante a reunião, a CPTM chegou a oferecer 8,5% de reajuste salarial e
de benefícios, mas, durante o recesso da audiência, a diretoria da
empresa foi contra a proposta.
Fonte: G1
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