O Tatuzão chegou à futura estação AACD-Servidor da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Desde o início da operação da tuneladora Shield,
que partiu do Poço Bandeirantes em setembro de 2013, mais de 2.400
metros de túneis já foram construídos. E foi nesta segunda, 30, que a
roda de corte da máquina com 10,5 metros de diâmetro rompeu a parede de
concreto, a última barreira que separa o túnel do corpo da nova estação.
"Aqui [Linha 5-Lilás] são dez estações que nós
vamos entregar. Mais de 10km de Metrô. Chegando até Chácara Klabin,
interliga com a Linha 2, e também até Santa Cruz, interliga com a Linha
1, a Norte-Sul. Uma expectativa de 780 mil passageiros dia, é a chamada
Linha da Saúde, pois atende o Hospital do Servidor, a AACD, o Hospital
São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos, muitas clínicas e muitos
hospitais", disse Alckmin na chegada do Tatuzão.
Para a expansão da Linha 5-Lilás, o Governo do
Estado faz um investimento de R$ 8,9 bilhões, incluindo a compra de 26
novos trens. Um empreendimento que gera 5.500 empregos diretos. Após a
estação Adolfo Pinheiro, entregue em 2014, serão mais 10 km de extensão e
outras 10 estações: Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo
Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e
Chácara Klabin.
Quando estiver pronta, estima-se que a
AACD-Servidor vai beneficiar cerca de 22 mil pessoas diariamente. A
estação ficará na rua Pedro de Toledo, entre as avenidas Ibirapuera e
Professor Ascendino Reis, terá 25 metros de profundidade, 24.343 metros
quadrados e será composta por dois acessos, duas plataformas laterais,
12 escadas rolantes, seis elevadores, além de um estacionamento com dois
pavimentos.
A partir de agora, o Tatuzão passará por um período
necessário de manutenção. Em seguida, será arrastada sobre a laje de
fundo para ser posicionada no extremo oposto da estação e iniciar a
próxima etapa de escavação, com destino à estação Hospital São Paulo.
Esse Shield é uma das três máquinas empregadas na construção do
prolongamento da Linha 5-Lilás. Ao mesmo tempo em que perfura o solo,
ela também instala o revestimento estrutural do túnel, com anéis de
concreto e fibras de aço.
Ao todo, a máquina percorrerá uma distância de 5,7
km, construindo 4,8 km de túneis entre os poços Bandeirantes (entre as
estações Campo Belo e Eucaliptos) e Dionísio da Costa (após a estação
Chácara Klabin), instalando 3.241 anéis. Nesse trecho ficarão as
estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa
Cruz e Chácara Klabin. Em todo o percurso escavado até o momento, 1.613
anéis já foram instalados.
É a primeira vez na história do Metrô em que três
tuneladoras trabalham simultaneamente em uma mesma linha. Os outros dois
Tatuzões têm roda de corte menor (6,3 metros de diâmetro) e estão
simultaneamente em túneis da Linha 5-Lilás, entre as estações Adolfo
Pinheiro (já funcionando) e Campo Belo. Cada uma das máquinas constrói
túneis paralelos que servirão como vias únicas para cada sentido da
linha. Atualmente, ambas estão sob o eixo da Av. Santo Amaro, próximo a
Av. Roque Petroni Júnior. Até o momento, foram escavados 2,3 km e
instalados 1.527 anéis pela tuneladora que faz a via 2, enquanto que, na
via 1, foram escavados 2 km e instalados 1.364 anéis.
Novas obras
O governador anunciou que no primeiro semestre de
2017 serão entregues três estações e depois mais seis no segundo
semestre de 2017 e uma em 2018, que será a de Campo Belo. Falou ainda
que no dia 8 de abril começam os trabalhos na nova Linha 6, que será a
Linha da Educação, pois "passa pelas faculdades e universidades e será
uma das grandes linhas de São Paulo, saindo do centro (Liberdade)
passando debaixo de toda a cidade.
Mais características da estação AACD-Servidor
Seu método construtivo é por VCA (Vala a Céu
Aberto) e atualmente, está em execução a construção das estruturas
internas da estação e do acesso secundário, com o revestimento
definitivo das paredes da vala principal e da vala do acesso secundário.
Sobre a tuneladora
A máquina que chega à futura estação AACD-Servidor é do tipo Shield EPBS
(escavadeira de terra de pressão balanceada), fabricada na Alemanha,
pela Herrenknecht AG. Tem 75 metros de comprimento, pesa 1,5 mil
toneladas e conta com vários compartimentos ao longo da sua extensão:
câmara de compressão; motores hidráulicos; parafuso sem fim (que faz a
retirada do material escavado); esteira para o transporte do solo;
eretor (equipamento que faz a montagem dos anéis de concreto) e o
backup. O backup contém: cabine de comando, painéis de controle,
transformador de energia, tanque hidráulico, sanitários, refeitório,
além de trailers para o movimento de materiais.
Para a operação do Shield, são necessárias 180
pessoas, sendo 50 profissionais em cada turno, além de 30 operários de
apoio. Com a produção diária (24 horas), o equipamento gera 154 metros
cúbicos de terra por hora. A remoção desse material é feita pelo poço
Bandeirantes e exige um caminhão basculante a cada 4 minutos.
"São Paulo terá cinco Shields, os dois chegam em novembro", finalizou Alckmin.
Fonte: Governo do Estado
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