Haddad desapropria terrenos de garagens de ônibus em São Paulo

Garagem de ônibus na zona oeste de São Paulo - Zanone Fraissat/Folhapress

O prefeito Fernando Haddad (PT) determinou a desapropriação de terrenos de garagens de ônibus. No total, são 433,2 mil metros quadrados, área equivalente a 61 estádios do Pacaembu. Os 12 decretos, que incluem 46 garagens, foram publicados nesta quinta-feira no “Diário Oficial”.

O objetivo é facilitar a concorrência e atrair empresas estrangeiras na nova licitação do setor de transportes, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre. Hoje, poucas famílias monopolizam o serviço.

Os decretos não informam de onde virá o dinheiro para as desapropriações. O secretário municipal dos transportes, Jilmar Tatto, informou apenas que o prazo para realizar essas expropriações será de cinco anos. Segundo Tatto, o importante é garantir que os espaços não sejam comercializados, inclusive para outras atividades.

De acordo com a prefeitura, a medida é fundamental para atrair novas empresas porque conseguir espaços desse porte na cidade é impossível.

Com a desapropriação dos terrenos, a prefeitura passaria a ser dona das áreas, que seriam oferecidas às empresas por meio de concessão.

Procurado, o SP Urbanuss (sindicato das empresas de ônibus) não quis se manifestar sobre os decretos.

A prefeitura pretende fazer as licitações separadamente, para três formatos de transporte. No chamado formato estrutural, operariam ônibus articulados que transitam por corredores e grandes avenidas. No formato coletor, veículos de tamanho médio levariam os passageiros das áreas de grande fluxo para os corredores. Por fim, o Intra-bairro, que teria pequenos coletivos que transportariam as pessoas das áreas residenciais para os corredores.

Auditoria

Uma auditoria concluída no final do ano passado mostra que as empresas de ônibus contratadas pela prefeitura economizam cerca de R$ 1 milhão por dia com viagens não realizadas. O valor (cerca de R$ 30,8 milhões mensais) é referente às partidas que não são cumpridas.

Fonte: Metro Jornal
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