Haddad irá definir data do início da isenção e regras para o benefício. Câmara também aprovou projeto que permite a dispensa dos cobradores.
A Câmara Municipal de São Paulo
aprovou, na madrugada desta sexta-feira (19), o projeto de lei que
autoriza a isenção da tarifa para estudantes carentes nos ônibus
municipais.
O projeto da tarifa zero, de autoria do prefeito Fernando Haddad (PT),
ainda não tem data para entrar em vigor. E as regras serão definidas
pelo Executivo na regulamentação da lei.
A tarifa zero entrou na pauta das reivindicações dos protestos de junho
do ano passado, assim que foi anunciado o aumento das passagens para R$
3,20. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas. Os atos pararam
avenidas e registraram vandalismo e prisões.
O texto foi aprovado por 36 votos favoráveis, 1 contrário e três
abstenções. O projeto também autoriza outras medidas para o transporte
público, como que as empresas de ônibus dispensem os cobradores.
Segundo o líder do governo, Arselino Tatto (PT), os cobradores não
serão demitidos, serão realocados e requalificados para outros cargos.
“Não haverá desemprego com relação aos cobradores, porque este projeto
permite que as empresas requalifiquem estes trabalhadores e que eles
sejam reaproveitados em outras funções. Outro objetivo do prefeito é
rever a questão da tarifa no transporte para estudantes de baixa renda. É
uma injustiça que estes estudantes tenham que pagar para ir à escola ou
à faculdade”, disse Arselino Tatto.
O único parlamentar a votar contra o projeto, o vereador Abou Anni
(PV), acredita que a medida acarretará na demissão em massa dos
cobradores de ônibus na cidade. “Quase meia-noite e foi apresentado aqui
um substitutivo eliminando quase 24 mil cobradores do transporte
coletivo da cidade. É um absurdo que a Câmara faça uma votação dessa
forma, autorizar a demissão destes profissionais”, disse o parlamentar.
Fonte: G1
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