Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo
publicada nesta quarta, 25, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad,
já admite a possibilidade de não entregar os 150 km de corredores
prometidos durante sua campanha eleitoral até o fim de sua gestão.
“O que posso assegurar é que vamos estar com 150 km de corredores em
obras no ano que vem. Mas quantos quilômetros estarão 100% entregues?
Essa é uma pergunta que o ritmo da obra vai ditar”, disse o prefeito, ao
ser questionado sobre a estimativa de que essas obras devam demorar
dois anos e meio. Até agora, só 36 km dos 150 km previstos foram
iniciados.
Haddad credita as dificuldades ao não aumento da tarifa do ônibus em
2013 e ao não reajuste do IPTU este ano, o que dificultou as finanças da
Prefeitura.
“Tivemos que suspender obras do PAC porque não tínhamos
contrapartida. As desapropriações de terrenos nós tivemos que segurar,
porque não tinha recurso para pagar as desapropriações para vários
equipamentos públicos”, afirmou.
Sobre a tarifa do ônibus, Haddad diz: “Estamos processando o
manancial de informações que nos foram entregues [pela auditoria
contratada], discutindo cenários, considerando hipóteses, estudando a
questão do estudante pormenorizadamente [há possibilidade de tarifa zero
para alunos de baixa renda]”.
Já no quesito trânsito, Hadadd diz que não está proibindo ninguém de
comprar carro, mas o que ele quer é oferecer uma alternativa para que a
cidade funcione melhor, como as faixas exclusivas.
Ciclovias e Faixas de ônibus: “O que a administração não pode fazer é
não oferecer uma alternativa para quem não quer ficar no trânsito.
Então, as faixas de ônibus e as ciclovias são dever da administração,
segundo legislação federal. Quantos vão migrar? Isso é uma questão
relevante, mas, do ponto de vista jurídico e conceitual, o que se impõe é
que tenho que oferecer alternativa. Nós gastávamos bilhões para fazer
faixas de rolamento, viaduto e túnel na cidade. Será que foi uma boa
opção de investimento?”.
Fonte: Via Trolebus
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