Auditoria nos transportes públicos de São Paulo foi prorrogada para 10 de dezembro. Somente a partir da conclusão dos trabalhos é que deve ser elaborada a
licitação dos transportes na Capital. Ritmo de renovação da frota
diminui e ônibus estão mais velhos.
ADAMO BAZANI – CBN
A auditoria sobre as contas e a qualidade dos serviços dos transportes
públicos da Capital Paulista só deve ficar pronta agora no dia 10 de
dezembro.
A prorrogação foi pedida pela empresa contratada pela prefeitura após licitação, Ernest & Young.
A contratação da companhia custou aos cofres públicos aproximadamente R$
4 milhões e foi anunciada pelo secretário municipal de transportes,
Jilmar Tatto, no dia 13 de fevereiro deste ano.
Participaram da licitação também a FGV – Fundação Getúlio Vargas, Deloitte, KPMG.
A data inicial para a conclusão dos trabalhos era julho deste ano. Depois passou para outubro.
À Rádio CBN e ao Blog Ponto de Ônibus, nesta terça-feira, dia 21 de
outubro de 2014, a SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do
sistema, afirmou em nota que a prorrogação, no entanto, não vai alterar o
valor pago à empresa.
“A SPTrans informa que o contrato para a verificação independente do
transporte público teve prazo prorrogado até 10 de dezembro deste ano.
Isto ocorre em virtude de solicitação da empresa que executa o trabalho.
Essa prorrogação não altera o valor do contrato.”
Com isso, a licitação do transporte coletivo na Capital Paulista deve
atrasar. A prefeitura só deve abrir a concorrência depois de analisar
os trabalhos da Ernest & Young.
Entre os itens verificados pela auditoria estão se o valor da tarifa é
justo diante dos custos de operação dos transportes, a margem de ganhos
das empresas e das cooperativas e os índices de qualidade dos serviços.
A licitação deveria ocorrer no ano passado quando venceu o prazo de dez
anos dos contratos com cooperativas e empresas de ônibus assinados em
2003. A prefeitura chegou a apresentar um modelo que determinava a
divisão dos serviços operados pelas empresas em apenas três SPEs –
Sociedades de Propósito Específico – e a divisão dos serviços prestados
pelas cooperativas aumentaria de oito para onze ou treze lotes, de
acordo com o número de garagens.
Mas depois da série de protestos em junho de 2013contra o aumento no
valor das tarifas de ônibus e por melhorias nos transportes coletivos, a
prefeitura voltou atrás e cancelou a licitação.
Uma das consequencias diretas decorrente das incertezas de quando deverá
de fato ocorrer a licitação é a queda no ritmo da renovação da frota.
Segundo os indicadores da SPTrans, a idade média da frota das empresas é
de 5 anos e 8 meses e das cooperativas é de 4 anos e um mês.
Em relação às empresas é a frota mais velha desde 2006, quando a idade
média dos ônibus das empresas chegou a ser de 5 anos e 11 meses. Já as
cooperativas estão com a idade mais avançada da frota desde o início dos
contratos, em 2003. Apenas em 2009, elas atingiram a mesma idade de
agora: 4 anos e um mês para a frota.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Nenhum comentário:
Postar um comentário