quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Auditoria nos transportes de SP foi prorrogada para 10 de dezembro

Auditoria nos transportes públicos de São Paulo foi prorrogada para 10 de dezembro. Somente a partir da conclusão dos trabalhos é que deve ser elaborada a licitação dos transportes na Capital. Ritmo de renovação da frota diminui e ônibus estão mais velhos.

ADAMO BAZANI – CBN
A auditoria sobre as contas e a qualidade dos serviços dos transportes públicos da Capital Paulista só deve ficar pronta agora no dia 10 de dezembro.

A prorrogação foi pedida pela empresa contratada pela prefeitura após licitação, Ernest & Young.
A contratação da companhia custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 4 milhões e foi anunciada pelo secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, no dia 13 de fevereiro deste ano.

Participaram da licitação também a FGV – Fundação Getúlio Vargas, Deloitte, KPMG.

A data inicial para a conclusão dos trabalhos era julho deste ano. Depois passou para outubro.

À Rádio CBN e ao Blog Ponto de Ônibus, nesta terça-feira, dia 21 de outubro de 2014, a SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora do sistema, afirmou em nota que a prorrogação, no entanto, não vai alterar o valor pago à empresa.

“A SPTrans informa que o contrato para a verificação independente do transporte público teve prazo prorrogado até 10 de dezembro deste ano. Isto ocorre em virtude de solicitação da empresa que executa o trabalho. Essa prorrogação não altera o valor do contrato.”

Com isso, a licitação do transporte coletivo na Capital Paulista deve atrasar. A prefeitura só deve abrir a concorrência depois de analisar os trabalhos da Ernest & Young.

Entre os itens verificados pela auditoria estão se o valor da tarifa é justo diante dos custos de operação dos transportes, a margem de ganhos das empresas e das cooperativas e os índices de qualidade dos serviços.
A licitação deveria ocorrer no ano passado quando venceu o prazo de dez anos dos contratos com cooperativas e empresas de ônibus assinados em 2003. A prefeitura chegou a apresentar um modelo que determinava a divisão dos serviços operados pelas empresas em apenas três SPEs – Sociedades de Propósito Específico – e a divisão dos serviços prestados pelas cooperativas aumentaria de oito para onze ou treze lotes, de acordo com o número de garagens.

Mas depois da série de protestos em junho de 2013contra o aumento no valor das tarifas de ônibus e por melhorias nos transportes coletivos, a prefeitura voltou atrás e cancelou a licitação.

Uma das consequencias diretas decorrente das incertezas de quando deverá de fato ocorrer a licitação é a queda no ritmo da renovação da frota.

Segundo os indicadores da SPTrans, a idade média da frota das empresas é de 5 anos e 8 meses e das cooperativas é de 4 anos e um mês.

Em relação às empresas é a frota mais velha desde 2006, quando a idade média dos ônibus das empresas chegou a ser de 5 anos e 11 meses. Já as cooperativas estão com a idade mais avançada da frota desde o início dos contratos, em 2003. Apenas em 2009, elas atingiram a mesma idade de agora: 4 anos e um mês para a frota.

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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