Neste domingo, dia 14, o Metrô de São Paulo completa 40 anos de
atividade sob o olhar dos 4,6 milhões de passageiros que são
transportados diariamente nos 78,4 km da malha metroviária paulista, em
cinco linhas e 67 estações. Entre as idas e vindas das mais de 3.800
viagens realizadas por dia, o transporte reúne defensores e críticos,
usuários e especialistas.
Para a professora do departamento de projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Paulo, Klara Kaiser, deve-se saudar a existência do Metrô paulistano, mas é preciso apostar que esse transporte não atinge as demandas da população. “Quando a rede foi projetada, a meta era chegar a 200 km de malha metroviária até 1990. Já estamos em 2014 e não temos nem 80 km”, afirma.
Klara critica a falta de investimento e as ideias de privatização. “O crescimento da malha ferroviária é extremamente lento, não alcança os grandes setores de deslocamento e não atende a população que está na periferia. É preciso um empenho sério da Secretaria Metropolitana de Transporte e a visão de que o sistema de transporte não é para ser lucrativo, mas uma diretriz de infraestrutura para a cidade”, completa.
A fisiologista Vera Lucia Perino Barbosa, 56 anos, utiliza o Metrô diariamente, e o avalia como uma excelente maneira de se locomover e fugir do trânsito das ruas. “Não preciso ficar horas parada dentro do carro. O Metrô é muito rápido, em minutos você está no seu destino. Ajusto minha agenda para fugir do horário de pico, que é um problema, e conseguir me deslocar para compromissos utilizando este meio. Penso que se ajustassem essa aglomeração, muito mais pessoas utilizariam o sistema metroviário como meio de transporte”, relata a usuária.
“A limpeza e organização são pontos fortes e que não perdem para países desenvolvidos, exceto pela cobertura da malha ferroviária, que aqui em São Paulo ainda é pouco abrangente”, conclui.
Fonte: Guarulhos Hoje
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