Projeto de lei foi aprovado em julho pela Assembleia Legislativa. Objetivo dos vagões exclusivos era evitar assédio masculino.
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), vetou nesta terça-feira (12) o projeto de lei
que obriga as empresas de transporte urbano a manterem, no mínimo, um
vagão em cada composição para uso exclusivo das mulheres nos trens da
CPTM e do Metrô, nos horários de pico.
O objetivo do projeto, de autoria do deputado Jorge Caruso (PMDB), era
evitar casos de assédio sexual contra mulheres. Crianças e adolescentes
também poderiam usar o vagão.
O projeto havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa em julho
deste ano e o governador tinha até esta terça para vetar ou sancionar o
projeto do chamado “vagão rosa”.
Protestos
Logo após a aprovação do projeto pela Assembleia, movimentos feministas fizeram protestos contra a sanção da lei. Eles questionavam a eficácia dos "vagões rosas" e alegavam que a separação segrega as mulheres com o suposto intuito de proteção.
Logo após a aprovação do projeto pela Assembleia, movimentos feministas fizeram protestos contra a sanção da lei. Eles questionavam a eficácia dos "vagões rosas" e alegavam que a separação segrega as mulheres com o suposto intuito de proteção.
A proposta dos movimentos é buscar medidas alternativas contra os
assédios sexuais, como campanhas de conscientização que não restrinjam a
liberdade e o direito de ir e vir das cidadãs e que reafirmem o direito
de ocupar o espaço público com segurança e dignidade, além de punição
mais rigorosa para os assediadores.
Outro protesto liderado por um grupo de ativistas ocorreu em julho, na
Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Batizado de "Contra o assédio,
vagão rosa não é remédio!", o ato foi convocado pelo Facebook.
Em análise
Outros dois projetos de lei polêmicos, que já foram aprovados pela Assembleia Legislativa, estão sendo analisados pelo governador. Um deles, prevê a instalação de detectores de metais nos presídios e o outro a proibição da revista íntima dos visitantes.
Outros dois projetos de lei polêmicos, que já foram aprovados pela Assembleia Legislativa, estão sendo analisados pelo governador. Um deles, prevê a instalação de detectores de metais nos presídios e o outro a proibição da revista íntima dos visitantes.
Fonte: G1
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