Vídeos mostrando seguranças de terceirizada atuando em pontos isolados. Segundo o funcionário, eles têm de tomar conta dos fios.
Link do vídeo: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/07/seguranca-que-atua-em-trilhos-da-cptm-relata-ma-condicao-de-trabalho.html
Um segurança que trabalha em linhas da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) denuncia o que chama de péssimas condições de
trabalho nas vias. Ele é funcionário da Power Seguraça, que presta
serviço para a CPTM, e relata que os funcionários ficam em locais sem
banheiro, sem abrigo da chuva e sem espaço para refeições para evitar
que cabos sejam furtados.
A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil flagrou funcionários
trabalhando em locais isolados e cadeiras posicionadas perto de paredes e
sem nenhum ponto de apoio nas proximidades.
Os vigilantes ficam em pontos espalhados pelas linhas Coral, Turquesa e
Safira, segundo o funcionário que faz a denúncia. Ele enviou um vídeo
mostrando um colega de trabalho trabalhando de forma isolada em um ponto
da Linha 12-Safira, que liga o Brás a Calmon Viana. Em outro vídeo, um
colega carrega uma marmita.
“Ficar no meio do nada, sem banheiro, sem guarita, sem nada. Precisa ir
no banheiro e tem que esperar a hora de ir embora. A refeição é na via,
marmita gelada”, afirma o funcionário ao descrever a rotina de
trabalho.
A jornada é de 12 horas. Eles ainda têm de enfrentar o medo e já foram alvo de criminosos.
O Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância afirma que
fiscaliza constantemente os postos da CPTM e move ações judiciais quando
alguma irregularidade é detectada.
O Ministério do Trabalho disse que não recebeu reclamações sobre a falta de condições de trabalho dos seguranças na CPTM.
A CPTM afirma que há postos de vigilância fixos, com banheiros e
guaritas. Há também os postos volantes, onde os seguranças fazem rondas,
e que o revezamento é a cada três horas. A empresa disse que vai
apurara as cláusulas contratuais entre a terceirizada e os seguranças.
A Power Segurança disse que cada dupla faz percursos de no máximo 50
minutos ao lado dos trilhos e que ficam nas estações, onde há toda a
estrutura para atendê-los. Disse também que paga adicional de
periculosidade e que fornece equipamento de segurança para os
funcionários.
Fonte: G1
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