Pedido de catraca livre foi chamado de 'demagogia inusitada'.Greve chega ao 2° dia paralisando estações do Metrô em São Paulo.
O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou nesta sexta-feira (6) que os metroviários em greve estão "radicalizando" e que impedem de trabalhar os funcionários que não aderiram à paralisação.
"Hoje, por incrível que pareça, radicalizaram a situação, apesar de que não há motivo para isso, uma vez que está sob dissídio na Justiça do Trabalho. Os juízes não vão se sensibilizar a favor do sindicato com uma postura dessas, com essa crueldade com a população de São Paulo", afirmou Fernandes, em entrevista ao Bom Dia São Paulo.
A Polícia Militar precisou ser acionada para impedir que grevistas mantivessem algumas estações do Metrô fechadas. A Força Tática foi até as estações Bresser-Mooca, na Zona Leste, e Ana Rosa, na Zona Sul. Na Ana Rosa, houve confronto e uso de bombas de gás. Manifestantes não queriam permitir a entrada de usuários.
"É uma questão agora de segurança. Não é uma questão apenas de logística", disse o secretário. Segundo a PM, não foram usadas balas de borracha.
Fernandes falou também sobre a catraca livre. "É uma demagogia inusitada do sindicato. A questão de catraca livre não era solução, não havia garantia nenhuma de que o sindicato colocaria todo mundo em operação."
A greve organizada pelo sindicato dos metroviários chega ao segundo dia nesta sexta e afeta quatro linhas do Metrô na cidade. Apenas a Linha 4-Amarela não foi afetada em nenhum horário. Ela é privatizada e administrada pelo consórcio Via Quatro.
O principal motivo para o impasse entre sindicalistas e o governo está no valor do reajuste salarial da categoria. Os grevistas pedem um aumento de 12,2%. A proposta foi recusada pelo Metrô, que afirma só poder oferecer 8,7% e benefícios sociais que, segundo a empresa, fariam com que o salário dos metroviários fosse reajustado acima dos 10%.
Fonte: G1
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