Nova reunião termina sem acordo entre Metrô e funcionários em SP


Metroviários aprovaram greve em assembleia na semana passada. Mais uma reunião de conciliação está marcada para as 11h de quarta-feira

Uma nova reunião entre o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e representantes do Metrô terminou sem acordo na tarde desta segunda-feira (2), segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O encontro foi conduzido pelas magistradas Ivani Contini Bramante e Patrícia Therezinha de Toledo. O reajuste salarial e o plano de carreiras dos funcionários do Metrô foram os principais tópicos abordados na reunião de conciliação.

Os metroviários insistiram em um aumento salarial de 16,5%; o Metrô, em contrapartida, manteve a proposta, já rejeitada em negociações anteriores, de 7,8%. Uma nova reunião de conciliação esta revista para as 11h de quarta-feira (4), quando as partes voltaram a negociar para se tentar evitar uma greve da categoria a partir das 0h de quinta-feira (5).

Depois da reunião, os metroviários irão realizar uma assembleia às 18h, na sede do sindicato, no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, para decidir se entram ou não em greve, já aprovada em assembleia na semana passada. O secretário de Estado da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, participou da reunião de conciliação desta segunda-feira.

Ato
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo – que representa funcionários do Metrô nas linhas 1, 2, 3 e 5 da capital paulista – aprovou a greve em assembleia na terça-feira (27). A categoria ainda pretendia trocar a greve por catraca livre, mas o governador Geraldo Alckmin já recusou a sugestão.

Na quarta-feira, às 10h, o sindicato fará um ato na Praça da Sé, no Centro. Eles também devem aprovar a distribuição de uma carta aberta à população. O presidente do sindicato, Altino Melo dos Prazeres, explicou que no dia 5 a greve deve começar na madrugada, entre 4h e 5h. "Não há como interromper exatamente à meia-noite. O pessoal vai concluir o turno até a 1h, 2h (da madrugada) e depois o pessoal do turno seguinte não entra para trabalhar", explicou.

O presidente do sindicato deixou claro que só não haverá greve se o Metrô elevar consideravelmente a proposta de reajuste salarial. “Estamos falando em um reajuste de dois dígitos. Não chegando à casa dos 18%, 19%, não vai ter acordo", defendeu.

A categoria já tinha declarado estado de greve na terça-feira (20). Desde quinta (22), parte dos funcionários passou a trabalhar sem o uniforme do Metrô e a usar coletes da campanha salarial.

Negociação de reajuste
Desde o início do mês, o sindicato e o Metrô negociam um reajuste de salários – a data-base da categoria é 1º de maio. O sindicato pedia 35,47% de reajuste (7,95% de Inflação + 25,5% de aumento real), reajuste de 13,25% para o Vale Refeição, valor de Vale Alimentação de R$ 379,80 (atualmente o valor é de R$ 247,69), plano de carreira da GMT e GOP, Metrus Saúde para aposentados, reposição do quadro de funcionários e PR Igualitária.

De acordo com os metroviários, após cinco reuniões de negociação apenas dizendo não às reivindicações, a empresa ofereceu apenas 5,20% de reajuste. O Metrô informou que “está aberto ao diálogo” para chegar a um acordo com os funcionários e que “confia no bom senso da categoria” para que os usuários não sejam prejudicados.

Fonte: G1
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