sexta-feira, 6 de junho de 2014

Metrô afirma que greve é uma “crueldade com a população”


Segue a queda de braço entre Metrô e Sindicato. A Greve continua nesta sexta-feira (6), e empresa emitiu uma nota um tanto quanto acalorada sobre a paralisação. Leia:

“Em uma demonstração de crueldade com os 4,5 milhões de usuários do Metrô e em desrespeito à Justiça do Trabalho, o Sindicato dos Metroviários decidiu manter a paralisação iniciada nesta quinta-feira.

A decisão impõe mais um dia de sofrimento covarde à população e deixa ainda mais clara a irresponsabilidade do sindicato.

É ainda um desrespeito com a categoria dos metroviários. A decisão sobre o reajuste já está nas mãos da Justiça. Ou seja, a manutenção da greve é inútil para a negociação.

Para evitar mais um dia de incalculáveis prejuízos à população de São Paulo e não penalizar ainda mais os usuários do sistema, a Companhia reafirma sua confiança no processo de diálogo como forma de chegar a um acordo.

Se a decisão da Justiça for mais uma vez desrespeitada, o Metrô novamente colocará em prática o esforço para manter o sistema em operação.

Justiça mantém determinação de funcionamento do Metrô
O Núcleo de Conciliação do Tribunal Regional do Trabalho manteve, hoje (05/06), a liminar que determina a manutenção de 100% do funcionamento do Metrô nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 70% nos demais horários de operação nesta quinta-feira (05/06). O descumprimento da ordem judicial culminará em aplicação de multa diária de R$ 100.000,00. A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que presidiu a reunião, recomendou que o Sindicato dos Metroviários mantenha a cláusula de paz acertada durante as negociações com o Metrô.

Negociação
Em diversas reuniões de conciliação realizadas no Tribunal Regional do Trabalho ao longo do último mês, o Metrô fez propostas à categoria. A última proposta apresenta e mantida hoje pela Companhia resulta em ganhos acima de 10% para a categoria.
· Reajuste salarial de 8,70%
· Vale-alimentação de R$ 290,00 e cesta de natal no mesmo valor
· Vale-refeição de R$ 699,16

Essa proposta, bem acima da inflação apurada (5,2% segundo o IPC-FIPE), representa aumento entre 10,61% e 13,33% na remuneração dos metroviários.

Além disso, a categoria já recebe anualmente participação nos lucros e/ou resultados da Companhia. Em 2013, o piso dessa participação foi de 4.471,88.

Operação do sistema
Desde as 5h20 a Linha 5-Lilás funcionou normalmente em toda a sua extensão, entre as estações Capão Redondo e Largo Treze. Às 6h28 foi iniciada a operação parcial das linhas: 1-Azul, entre as estações Ana Rosa e Luz (posteriormente, a partir das 16h, o serviço foi ampliado e passou a atender também as estações Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore e Saúde); 2-Verde, entre Ana Rosa e Clínicas (posteriormente, a partir das 11h, o serviço foi ampliado e passou a atender também as estações Sumaré e Vila Madalena); e 3-Vermelha, entre Bresser e Santa Cecília (a partir das 10h50 passando a atender também a estação Marechal Deodoro e às 16h15 foi iniciado o atendimento nas estações Belém e Tatuapé).

A Linha 4-Amarela, operada pela inciativa privada, manteve funcionamento normal desde as 4h40.
A operação comercial de hoje será encerrada, excepcionalmente, às 23 horas, com exceção da Linha 4-Amarela.

O plano de contingência adotado utiliza toda a estrutura existente: a operacional, composta por supervisores e gerentes, e também o pessoal administrativo, em nível gerencial, que vai às estações vender bilhetes e auxiliar os usuários. Trata-se de um grupo que está preparado para atuar nesses momentos. Quem opera os trens são pessoas qualificadas, que trabalham na área de operação, ex-operadores, instrutores, monitores, pessoas que dão treinamento e que lidam com a operação. A operação neste momento é reduzida para que o sistema possa operar com segurança.”


Fonte: Via Trolebus

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