Sistema será testado em 60 veículos coletivos da capital; empresários não são contrários, mas dizem que equipamento não tem consenso
Ainda neste semestre, a São Paulo Transporte (SPTrans) pretende colocar em circulação os primeiros 60 ônibus com ar-condicionado da capital paulista, que tem uma frota de quase 15 mil veículos. Em várias metrópoles do mundo, incluindo o Rio, esse conforto já se tornou item obrigatório.
Segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, os veículos "fresquinhos" circularão preferencialmente nos corredores exclusivos. "Vamos fazer uma espécie de teste, de piloto. Não significa que o sistema todo vai ter (ar-condicionado)." Na opinião dele, o uso de um sistema de refrigeração interna é uma "tendência", porque "a cidade também está ficando mais quente".
A SPTrans costuma receber reclamações dos passageiros sobre o excesso de calor dentro dos coletivos em certos momentos. "Foi um pedido que fizemos (para as empresas) colocarem alguns ônibus (com ar-condicionado). Foi desencadeado o pedido e alguns (empresários) já se comprometeram, no processo de renovação (da frota), a colocar o ar-condicionado."
Superarticulados. Não se sabe ainda quais corredores receberão a comodidade nem em que mês eles começam a funcionar. Contudo, a SPTans informa que na primeira fase do projeto "serão 50 veículos da Viação Campo Belo e outros 10 da Via Sul", ambas operando na zona sul da capital paulista. Segundo a empresa, "a expectativa é de que os ônibus entrem em linha de produção nos próximos dias".
O modelo de coletivo que receberá ar-condicionado é o chamado superarticulado, com capacidade para 171 passageiros, um dos maiores da frota municipal. Veículos desse tipo (mas sem refrigeração) estão entre os modelos mais modernos da cidade, com piso baixo e sistema interno de microcâmeras, e já circulam em avenidas como a Sumaré.
Mesmo pontual, a medida é vista com bons olhos pelo engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP). "Pegar ônibus, metrô e trem sem ar-condicionado é maltratar as pessoas. Mas deve ter um termostato inteligente que regule a temperatura interna conforme a externa, para não ficar frio nos dias frios. Deve-se ter uma temperatura regulada que nem se perceba que o ar-condicionado existe."
Ele também defende que haja um mecanismo que faça a renovação constante do ar, para evitar doenças por contaminação.
Passado. A capital paulista já teve, na última década, uma experiência com ônibus dotados de ar-condicionado (eles ficavam sobre a carroceria). Ainda há cerca de 50 deles rodando, mas os aparelhos estão desligados, explica o presidente do sindicato das empresas de ônibus de São Paulo (SP Urbanuss), Francisco Christovam. "Tivemos mais de 200 veículos no sistema. Estão desligados, porque não há consenso sobre o assunto. Há uma polêmica, porque tem usuário que não gosta e abre a janela, outro pede para desligar porque tem rinite, por exemplo." Ele garante que as empresas não são contra esse equipamento.
Segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, os veículos "fresquinhos" circularão preferencialmente nos corredores exclusivos. "Vamos fazer uma espécie de teste, de piloto. Não significa que o sistema todo vai ter (ar-condicionado)." Na opinião dele, o uso de um sistema de refrigeração interna é uma "tendência", porque "a cidade também está ficando mais quente".
A SPTrans costuma receber reclamações dos passageiros sobre o excesso de calor dentro dos coletivos em certos momentos. "Foi um pedido que fizemos (para as empresas) colocarem alguns ônibus (com ar-condicionado). Foi desencadeado o pedido e alguns (empresários) já se comprometeram, no processo de renovação (da frota), a colocar o ar-condicionado."
Superarticulados. Não se sabe ainda quais corredores receberão a comodidade nem em que mês eles começam a funcionar. Contudo, a SPTans informa que na primeira fase do projeto "serão 50 veículos da Viação Campo Belo e outros 10 da Via Sul", ambas operando na zona sul da capital paulista. Segundo a empresa, "a expectativa é de que os ônibus entrem em linha de produção nos próximos dias".
O modelo de coletivo que receberá ar-condicionado é o chamado superarticulado, com capacidade para 171 passageiros, um dos maiores da frota municipal. Veículos desse tipo (mas sem refrigeração) estão entre os modelos mais modernos da cidade, com piso baixo e sistema interno de microcâmeras, e já circulam em avenidas como a Sumaré.
Mesmo pontual, a medida é vista com bons olhos pelo engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP). "Pegar ônibus, metrô e trem sem ar-condicionado é maltratar as pessoas. Mas deve ter um termostato inteligente que regule a temperatura interna conforme a externa, para não ficar frio nos dias frios. Deve-se ter uma temperatura regulada que nem se perceba que o ar-condicionado existe."
Ele também defende que haja um mecanismo que faça a renovação constante do ar, para evitar doenças por contaminação.
Passado. A capital paulista já teve, na última década, uma experiência com ônibus dotados de ar-condicionado (eles ficavam sobre a carroceria). Ainda há cerca de 50 deles rodando, mas os aparelhos estão desligados, explica o presidente do sindicato das empresas de ônibus de São Paulo (SP Urbanuss), Francisco Christovam. "Tivemos mais de 200 veículos no sistema. Estão desligados, porque não há consenso sobre o assunto. Há uma polêmica, porque tem usuário que não gosta e abre a janela, outro pede para desligar porque tem rinite, por exemplo." Ele garante que as empresas não são contra esse equipamento.
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