Obras terão desapropriações de pequenos comércios, mas desviam de atacadistas. Foto: Vander Ramos
No Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, dois corredores de ônibus deverão ser implantados em grandes avenidas. O Itaim/Celso Garcia ocupará a av. Marechal Tito, coração comercial do bairro. O outro, Itaim/São Mateus percorrerá a av. Dom João Nery. Assim como em outros bairros que receberão os novos corredores, meta de mobilidade urbana da cidade, centenas de imóveis deverão ser desapropriados na região.
Moradores e comerciantes se assustaram quando o Projeto de Lei (17/2014) foi publicado em fevereiro pelo Diário Oficial da Cidade de São Paulo. Desde então, eles se reúnem para discutir a possibilidade de despejo e as mobilizações para mudar o traçado do projeto original.
Os esboços das obras apresentados pelo Diário Oficial mostram trajetos dos corredores, alargamentos das vias e os imóveis que serão desapropriados.
O corredor de ônibus da av. Marechal tem despertado polêmica, pois prevê desapropriação de grande parte do pequeno comércio da região. Mas quando chega nos estacionamentos dos atacadistas Makro e Atacadão, a obra se desvia e passa a desapropriar o lado oposto da avenida. Após percorrer cerca de 100 metros, volta ao sentido original (bairro/centro).
“Precisamos de direitos iguais. Estão pensando: ‘Não vamos mexer lá porque é uma rede com influência política e com poder financeiro’. Não há justiça nesse projeto. Estão beneficiando grandes empresas, mas esquecendo a comunidade. Nossos representantes deveriam responder o porquê”, reclama o analista de programação e morador, Edicarlos Oliveira, 28.
Outra empresa salva foi o hipermercado D’Avó, que até dezembro de 2013 estava marcado para sair do local. Agora, o projeto prevê atingir a favela D’avó, atrás do comércio, até o viaduto da China e retorna para a avenida.
Alinhamento da av. Marechal Tito prevê desapropriações de pequenos comércios e desvia de grandes atacadistas
Na av. Dom João Nery, o corredor também deslocará as unidades básicas de saúde Dom João Nery e Chabilândia. No mês passado, lideranças comunitárias reuniram munícipes com técnicos da São Paulo Transporte ( SPTrans). “Os representantes da SPTrans só falaram do projeto, mas não responderam nossas perguntas e nem deram atenção ao que estamos pedindo”, diz o comerciante Miguel Rodrigues Almeida, 66.
Emílio Gutierris, 62, é um dos comerciantes do bairro que se mobiliza para modificar o projeto. “Somos esquecidos no mapa e precisamos dar as mãos”, afirma. Há mais de 40 anos na região, ele diz que assim como moradores da zona sul conseguiram tirar o corredor de ônibus da Av. Nossa Senhora do Sabará do projeto, os munícipes do Itaim também podem.
No início desse mês, os moradores aproveitaram a visita do prefeito Fernando Haddad na unidade da Rede Hora Certa do bairro e se manifestaram. Lideranças contam que não sentiram otimismo na conversa com o prefeito.
Apesar das reivindicações, o projeto foi aprovado na Câmara Municipal, em primeira instância, e os trâmites prosseguem com o traçado original.
Em nota, a SPTrans se limitou a dizer que os critérios determinantes para o traçado dos corredores são os custos com desapropriações, preservação de patrimônios, unidades de saúde, escolas, creches, praças, parques e áreas de habitação de interesse social. Disse que também considera os problemas de ordem ambiental que podem ser causados.
Moradores e comerciantes se assustaram quando o Projeto de Lei (17/2014) foi publicado em fevereiro pelo Diário Oficial da Cidade de São Paulo. Desde então, eles se reúnem para discutir a possibilidade de despejo e as mobilizações para mudar o traçado do projeto original.
Os esboços das obras apresentados pelo Diário Oficial mostram trajetos dos corredores, alargamentos das vias e os imóveis que serão desapropriados.
O corredor de ônibus da av. Marechal tem despertado polêmica, pois prevê desapropriação de grande parte do pequeno comércio da região. Mas quando chega nos estacionamentos dos atacadistas Makro e Atacadão, a obra se desvia e passa a desapropriar o lado oposto da avenida. Após percorrer cerca de 100 metros, volta ao sentido original (bairro/centro).
“Precisamos de direitos iguais. Estão pensando: ‘Não vamos mexer lá porque é uma rede com influência política e com poder financeiro’. Não há justiça nesse projeto. Estão beneficiando grandes empresas, mas esquecendo a comunidade. Nossos representantes deveriam responder o porquê”, reclama o analista de programação e morador, Edicarlos Oliveira, 28.
Outra empresa salva foi o hipermercado D’Avó, que até dezembro de 2013 estava marcado para sair do local. Agora, o projeto prevê atingir a favela D’avó, atrás do comércio, até o viaduto da China e retorna para a avenida.
Alinhamento da av. Marechal Tito prevê desapropriações de pequenos comércios e desvia de grandes atacadistas
Na av. Dom João Nery, o corredor também deslocará as unidades básicas de saúde Dom João Nery e Chabilândia. No mês passado, lideranças comunitárias reuniram munícipes com técnicos da São Paulo Transporte ( SPTrans). “Os representantes da SPTrans só falaram do projeto, mas não responderam nossas perguntas e nem deram atenção ao que estamos pedindo”, diz o comerciante Miguel Rodrigues Almeida, 66.
Emílio Gutierris, 62, é um dos comerciantes do bairro que se mobiliza para modificar o projeto. “Somos esquecidos no mapa e precisamos dar as mãos”, afirma. Há mais de 40 anos na região, ele diz que assim como moradores da zona sul conseguiram tirar o corredor de ônibus da Av. Nossa Senhora do Sabará do projeto, os munícipes do Itaim também podem.
No início desse mês, os moradores aproveitaram a visita do prefeito Fernando Haddad na unidade da Rede Hora Certa do bairro e se manifestaram. Lideranças contam que não sentiram otimismo na conversa com o prefeito.
Apesar das reivindicações, o projeto foi aprovado na Câmara Municipal, em primeira instância, e os trâmites prosseguem com o traçado original.
Em nota, a SPTrans se limitou a dizer que os critérios determinantes para o traçado dos corredores são os custos com desapropriações, preservação de patrimônios, unidades de saúde, escolas, creches, praças, parques e áreas de habitação de interesse social. Disse que também considera os problemas de ordem ambiental que podem ser causados.
Fonte: Folha de São Paulo
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