De acordo com a SPTrans, três deles ficaram totalmente destruídos; o órgão afirma que os ataques não têm relação com a greve de motoristas e cobradores
Cinco ônibus foram incendiados por volta das 19h desta terça-feira, 20, na Avenida Dona Belmira Marim, no Grajaú, zona sul de São Paulo. O problema, segundo policiais militares da região, teria começado durante um protesto de moradores sem-teto que vivem em uma área conhecida como Barro Branco. Um posto de gasolina foi saqueado, lojas tiveram as fachadas destruídas e caçambas de lixo em chamas foram atiradas no meio da avenida. Por causa do caos generalizado na região, a PM enviou carros e motos da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Força Tática e Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam). Não há relatos de pessoas feridas ou presas.
Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), os ataques que deixaram três veículos queimados e os outros dois parcialmente destruídos não têm relação com a paralisação de motoristas e cobradores de ônibus. Os veículos não transportavam passageiros, mas estavam em movimento, no sentido Terminal Grajaú. Nesta segunda, a operação dos coletivos aconteceu de forma normal na região, segundo moradores.
Por conta da violência dos ataques, a Viação Cidade Dutra recolheu todos os veículos de circulação, segundo motoristas e cobradores de ônibus. Os passageiros que desembarcaram da Linha-9 Esmeralda da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) no Terminal Grajaú, encontraram os veículos de portas fechadas sendo recolhidos. A maioria subiu a avenida a pé.
"Já era para eu estar em casa. Esse tipo de atitude da sociedade pega mal. Ninguém respeita quem prejudica a vida de todo mundo desse jeito", afirmou o analista de logística Valdemir Jesus da Silva, 31 anos. Ele veio da Vila Leopoldina, na zona oeste, de trem, desembarcou no terminal e foi andando para o bairro do Jardim Noronha.
No final da Avenida Dona Belmira Marim, a assistente administrativa Elizete Jesus da Silva, de 32 anos, terminava a caminhada de mais de uma hora que fez do Terminal Grajaú até o bairro do Jardim Eliana. "Quanto mais perto eu chego de casa, mais assustada eu fico. Nunca vi uma situação dessas com fogo, ônibus queimado e coisas destruídas", disse. Ela também desembarcou na Estação Grajaú e ia tomar um ônibus que, segundo ela, a deixaria em casa em 20 minutos.
Por volta das 22h20, a polícia precisou dispersar um grupo de pessoas que apedrejou outro ônibus e queria incendiar o veiculo.
Fonte: Estadão
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